Continuidade...

O motorista novato (post 22/03) e estagiário da Agência Espacial Brasileira, Michel Santana, aprendeu hoje o ofício de contínuo. Essa profissão, para quem não sabe, exerce a função de transporte de correspondências, documentos, objetos e valores por diversos canais de comunicação. No caso de Santana, a ferramenta principal foi o impiedoso telefone.

11:40 – lista com a relação de pessoas a ser contatadas e ao trabalho. Primeiro telefonema, tudo bem; segundo – um pouco de espera; terceiro, orelha quente. “Enfim consolidei que a paciência realmente é uma virtude, mas eu irei suportar em uma boa”, afirmou. Mal ele esperava que existiam trocentos nomes na lista.

12:30 – A fome aperta e fica a dúvida: “Almoço ou meto bronca? Meto bronca!”, pensa o pobre contínuo. Sua tarde ficaria mais interessante ao perceber que em sua lista estavam nada mais nada menos que Marcos Uchôa (TV Globo) e Eric Brücher (BBC Brasil). Para quem não sabe dirigir direito e labuta na área de comunicação propriamente dita há um mês já era um aditivo.

“É interessante entrar em contato com essas pessoas que já se estão no meio jornalístico por um bom tempo”, comentou. Pena dele não saber que nem todos os jornalistas são tão acessíveis.

15:00 – A barriga não roncava, gritava. Sorte a dele ter lembrado que tinha um biscoito de polvilho em sua mochila, já o problema, descobrir se o alimento ainda tinha validade. Mesmo assim Santana diz que não se arrependeu do trabalho de contínuo, mas segundo ele, aquilo ainda está longe do que almeja no jornalismo.

“Foi a primeira vez que fiz um trabalho assim. É muito bom conversar com as pessoas, creio que essa experiência ajuda muito a embarcar no jornalismo. Obviamente, não é o que eu quero para vida toda”, garante o foca.

Uma coisa é certa, Santana espera que essa função não seja exercida por ele de uma forma literal.

Blog do Jornalistinha

Olá pessoal,

Crio esse pequeno espaço em nossa rede para absterger um pouco os jornalistas do estresse. A finalidade do blog vai desde matérias corriqueiras até as grandes histórias.

Se você já teve alguma matéria frustrada ou tem vontade de fazer uma pauta só SUA essa é a oportunidade. Afinal, "todo jornalista tem uma história ou é a história a ser contada"

O objetivo do blog "Jornalistinha" é de fazer com que os estudantes, focas, jornalistas profissionais ou qualquer um que padeça dessa profissão possa entender o real sentido de seu principal instrumento - as palavras. Aproximar o máximo da imparcialidade é a meta. Esse será o conteúdo, esse será o propósito do blog.

O intuito é narrar fatos que ocorreram no dia ligados à você. Não importa se é uma história sobre "um corte no rosto fazendo a barba ou a descoberta da cura da AIDS". O que importa é a essência da narrativa, afinal, somos comunicadores.

Apesar de ser um espaço do "Jornalistinha", todos podem mandar os textos para o email jornalista.santana@gmail.com. O texto será analisado por mim para posterior publicação. Esses são os parâmetros:

1) História real, provas, testemunhas;
2) Padrões jornalísticos, aqui não é lugar de teorias, sim de concretismo;
3) Utilizar o máximo possível de imparcialidade. Não é proibido brincar com o texto, afinal o entretenimento, querendo ou não, parece ser hoje a forma mais acessível às camadas da sociedade;
4) NARRE! Por mais que o fato seja árduo, encare como uma matéria jornalística;
5) Artigos - somente "muito bem mais de metro embasado".
6) Crônicas são bem-vindas.

Esses são alguns pontos. Como o blog é novo pode existir mudanças, quem sabe não pode ser criado um novo modelo jornalístico? Isso depende do Jornalistinha e de nós comunicadores.

Congestionamento Emocional

O recém motorista Michel Santana, morador do Lago Oeste, passou por um baita congestionamento hoje. O enorme tráfego ocorreu na BR 020 e teve início perto do Posto colorado, se estendendo até perto da Água Mineral. Santana ficou muito indignado, pois tirou sua carteira há menos de três semanas e já teve que lidar com a realidade do trânsito de Brasília.

Tudo indicava que seria um dia ruim para Santana. Logo que acordou, se arrumou, colocou uma liguinha para amarrar o cabelo e se deparou com um carro enfestado de caca de passarinho. Pelo estrago parecia mais o de um Pterodátilo. Saiu normalmente com o carro, passou pelo portão, tudo acompanhado de seu pai, Miguel Vitor Santana, que trabalha na Empresa de Correios e Telégrafos.

Ao chegar perto do Posto Colorado as púpilas se dilataram. Um congestionamento terrível aguardava um iniciante no volante. "Ih caramba, como eu vou me encaixar naquele monte de carros?", pensei, ops, pensou. Segundo ele, a grande sorte foi ter o pai ao lado, que já é motorista há 27 anos e nunca levou uma multa. Seria esse um bom sinal se for levado em conta a hereditariedade.

E começa a saga: liga seta, desliga seta, sinaliza com o braço, freia de uma vez, coisas do tipo de novatos em trânsito. A situação seguia tranquila até o momento em que o carro morre e começam as buzinas. "Vai tartaruga... Só pode ser mulher... Que m....", vociferavam os motoristas. Seria o surgimento de mais um ignorante no trânsito de Brasília? Talvez não, afirmou Michel.

“Fiquei perplexo de saber como os motoristas de Brasília são afoitos e individualistas. Pensei que eu era o problema, e realmente era", afirmou o apagador de veículos.

O pai do motorista contou que o filho dirigiu bem, disse que só falta a ele mesmo pegar uns macetes do trânsito. "O Michel dirigiu direitinho, ele tem bastante calma, isso conta muito no trânsito, comentou Miguel.

O pexote das pistas conseguiu chegar ao trabalho vivo, e relatou o fato para várias pessoas...