quarta-feira, 4 de abril de 2007

Almoço bem "barata"


Mericléia Nogueira

Está manhã fui a UnB resolver alguns problemas na Reitoria. Cansada, suada e faminta de andar pela UnB, me dirigi, em estado de êxtase, ao "campo de concentração, o famoso R.U (Restaurante Universitário), pois pela primeira vez almoçaria cedo e o melhor, sem enfrentar fila quilométrica. Como de costume passei a roleta e ansiosa fiz meu prato. No cardápio tinha "água com feijão, "peixe" uma sopa "maravilhosa de legumes" que seria devorada na segunda rodada.

Enquanto degustava lentamente cada grão, meditava na graça Divina de não estar almoçando Ki nojo, ou melhor miojo. Entre uma conversa e outra com os amigos que estavam a observava um bichinho nadando no meu delicioso feijão. Após insistir em identificá-lo, pedi à Paty para me auxiliar nessa difícil tarefa, quando de repente ela grita:

Paty – Mery é uma barata!!!!!!!!!!!!

Eu – Não, sua boba, é um naqueles bichinhos próprios do feijão, não está vendo.

Antônio – Vocês estão cegos, é uma barata sim!!!!!!

Pablo – Carai, meu irmão! É um monstro de barata.

Eu com lágrimas nos olhos – Que saco, só porque estava faminta!

Controlado o tumulto, finalmente o inseto foi identificado e para a minha tristeza era de fato uma barata gigante. Em seguida, manifestei meu descontentamento ao responsável do Restaurante, o qual solicitou uma reclamação por escrito. Como ainda estava faminta, fiz um segundo prato, desta vez de sopa, e devorei.........

Confesso que a frustração maior foi devorar na primeira rodada a sopa que estava programada para a segunda rodada. Por pouco não pedi meu rico R$ 0,50 (cinqüenta centavos de volta).

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Época de Motim


A falta de sintonia entre Aeronáutica e o Governo tribula a vida dos passageiros brasileiros. O que parecia um assunto resolvido no começo do ano se tornou mais um espetáculo, englobando o covil político e a negligência dos controladores de tráfego aéreo.

A paralisação do Cindacta 1 na última sexta-feira, dia 30, aqui mesmo em Brasília, deixou muitos usuários dos serviços aéreos putos - infelizmente essa é a palavra que se deve usar em uma situação como esta. Logo vem a pergunta: “Isso tem fim?” A greve dos controladores teve fim somente na madrugada do último sábado, quando o Governo cedeu às exigências dos “amotinados”. No Aeroporto de Congonhas já começaram as manifestações com faixas pedindo a instalação da CPI do Apagão e outras com críticas ao presidente da Gol, Constantino de Oliveira. Ao que tudo indica, além de viajar para outros lugares, os passageiros também terão que levar “apitos” ou 'faixas” para protestar nos aeroportos.

O site a Folha de S. Paulo publicou uma matéria em que o Presidente Luís Inácio Lula da Silva classificou a greve como um ato grave e irresponsável. Lula usou o argumento de que “acha grave e irresponsável pessoas que têm funções que são consideradas essenciais e funções delicadas paralisarem as atividades, porque estão lidando com milhares de passageiros que estão sobrevoando o território nacional". Se essa função e tão “essencial” e “delicada” porque não há uma atenção maior? O correto não seria um presidente, seja de qualquer país, ter como primeira providência consolidar áreas intituladas como “essencial” e “delicada”, oferecendo-lhes uma instrumentação mais adequada. Talvez seja falta de um Planejamento Estratégico.

Do outro lado temos uma luta dos oposicionistas para a instalação da CPI do Apagão. Um assunto como esse, na verdade, já deveria ter sido consolidado há muito tempo. Para quem não se lembra, o acidente do vôo 1907 da Gol ocorreu em setembro do ano passado e, conseqüentemente, dois meses depois começaram as denúncias de fragilidade no controle de tráfego aéreo (aliás, alguém se lembra dos pilotos estadunidenses do Legacy?). Houve resistência do Governo para a instalação dessa CPI, mas por quê? Uma coisa é certa, se a CPI realmente foi instalada o negócio vai ser cavoucar, pois tudo indica que o buraco é mais em baixo... Agora só depende de uma decisão do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) para a instalação da CPI.