sexta-feira, 23 de março de 2007

Continuidade...


O motorista novato (post 22/03) e estagiário da Agência Espacial Brasileira, Michel Santana, aprendeu hoje o ofício de contínuo. Essa profissão, para quem não sabe, exerce a função de transporte de correspondências, documentos, objetos e valores por diversos canais de comunicação. No caso de Santana, a ferramenta principal foi o impiedoso telefone.

11:40 – lista com a relação de pessoas a ser contatadas e ao trabalho. Primeiro telefonema, tudo bem; segundo – um pouco de espera; terceiro, orelha quente. “Enfim consolidei que a paciência realmente é uma virtude, mas eu irei suportar em uma boa”, afirmou. Mal ele esperava que existiam trocentos nomes na lista.

12:30 – A fome aperta e fica a dúvida: “Almoço ou meto bronca? Meto bronca!”, pensa o pobre contínuo. Sua tarde ficaria mais interessante ao perceber que em sua lista estavam nada mais nada menos que Marcos Uchôa (TV Globo) e Eric Brücher (BBC Brasil). Para quem não sabe dirigir direito e labuta na área de comunicação propriamente dita há um mês já era um aditivo.

“É interessante entrar em contato com essas pessoas que já se estão no meio jornalístico por um bom tempo”, comentou. Pena dele não saber que nem todos os jornalistas são tão acessíveis.

15:00 – A barriga não roncava, gritava. Sorte a dele ter lembrado que tinha um biscoito de polvilho em sua mochila, já o problema, descobrir se o alimento ainda tinha validade. Mesmo assim Santana diz que não se arrependeu do trabalho de contínuo, mas segundo ele, aquilo ainda está longe do que almeja no jornalismo.

“Foi a primeira vez que fiz um trabalho assim. É muito bom conversar com as pessoas, creio que essa experiência ajuda muito a embarcar no jornalismo. Obviamente, não é o que eu quero para vida toda”, garante o foca.

Uma coisa é certa, Santana espera que essa função não seja exercida por ele de uma forma literal.

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