sexta-feira, 29 de junho de 2007
O esporte e a arte juntos na exposição sobre o Pan em Brasília
Breno Barros
Para o artista, o Pan é um momento importante para o País, que mexe com a nacionalidade, o sentimento e o orgulho das pessoas, por isso resolveu abordá-lo em suas obras. Zezão faz questão de ressaltar que o esporte não é somente as competições. “É arte, é cultura, é instrumento de educação e lazer. As medalhas são a conseqüência de se oportunizar no Brasil a prática desportiva para todos. Com a exposição, quero contribuir para mostrar a importância do esporte para a população”, afirma.
Hudson Mota, 21, que visitou a exposição, ficou impressionado ao ver a realidade dos movimentos das esculturas. “Eu gostei de todas as modalidades representadas, mas principalmente do atleta paraolímpico ao jogar basquete. Também gostei do futebol, onde o jogador representado realiza o movimento da bicicleta”, elogia Hudson.
Zezão Miranda fala que quase todas as modalidades do Pan e do Parapan foram contempladas nas esculturas, de aproximadamente 30 cm de altura. “Elas representam momentos das competições, como o salto do nadador na piscina ou um drible de futebol. Em algumas eu pintei a camisa dos competidores para representar os países”, revela.
Mais informações: Zezão Miranda (61) 9333-5921 zezaomirandasilva@yahoo.com.br
quarta-feira, 27 de junho de 2007
Lula e Gil abrem debates sobre diversidade cultural
Para aprofundar o debate sobre o assunto foram convidados, entre outros, o diretor de redação do jornal francês Le Monde Diplomatique, Ignacio Ramonet; o poeta e escritor tunisiano Abdelwahab Meddeb, especialista em Islã, e o professor sul-africano Mac Maharaj, um dos fundadores do Movimento Anti-Apartheid. Está confirmada também a participação do colombiano Jesús Martín-Barbero, um dos expoentes do pensamento cultural contemporâneo no continente, e do escritor holandês Joost Smiers, diretor do Centro de Pesquisa e professor/doutor na Universidade de Ultrech, na Holanda.
Reconhecimento - Para garantir a co-existência harmoniosa de grupos humanos e culturas diversificadas, o MinC desenvolve um trabalho de mapeamento das diferenças existentes no território brasileiro. Recentemente, o ministério premiou 82 processos de povos indígenas interessados em recuperar a língua, o artesanato, a mitologia e a culinária de seus ancestrais. Os povos indígenas, no entanto, exigem que a diversidade entre eles seja reconhecida e que as culturas existentes no Brasil desde antes da chegada dos europeus não sejam mais englobadas sob a designação geral de índios. São, ao contrário, povos diversos, com práticas de vida muito diferentes entre si.
O mesmo já ocorreu em outras regiões do Planeta, como no Ártico canadense: povos como os Inuits não aceitam mais serem agrupados sob a generalização de esquimós.
O trabalho promete revelar ainda surpresas ao lidar com as especificidades de grupos como os catadores de caranguejos, as catadoras de cupuaçu, as quebradeiras de coco do babaçu e tantos outros que preservam cantigas, expressões, lendas muito peculiares. A iniciativa é um exemplo da importância da Convenção sobre a proteção e promoção da diversidade das expressões culturais, adotada pela UNESCO, após conferência ocorrida em Paris, em outubro de 2005.
PROGRAMAÇÃO
(11h00 – 11h15 – Intervalo)
Quinta-Feira, 28 de junho
Sexta-Feira, 29 de junho
Moderador: George Yúdice
* Retirado do site www.vivacerrado.com.br
segunda-feira, 25 de junho de 2007
O futuro chegou, será?
Breno Barros
Na próxima sexta-feira (29), será lançado no Estados Unidos, o já lendário, iPhone. A edição de hoje do caderno Link, do Estado de São Paulo, esclarece as dúvidas sobre o novo produto da Apple. Para os internautas acesse (http://www.link.estadao.com.br/index.cfm?id_conteudo=11195).
Entretanto, os aficionados por tecnologia podem se acalmar, pois o produto só chegará no Brasil em 2008, depois dos lançamentos na Europa e na Ásia. Vale a pena ler as matérias sobre esse novo conceito de Telefone móvel, ou câmera com telefone, computador com câmera, ou ainda, Ipod com câmera, computador e telefone.
sábado, 23 de junho de 2007
Fusca, uma paixão
“Não mãe, fusca de novo não”. Essa era a frase que Pedro Lucas, 16, dizia à mãe, Sandra Calixto, toda vez que ela ia adquirir o veículo. A paixão de Sandra e de mais alguns amantes do fusca pôde ser demonstrada nessa sexta-feira (22) com carreata e muitas buzinadas.
Por volta das 19:40h o marasmo que rondava a torre de TV foi preenchido por um barulho de motor bem conhecido. Aos poucos os veículos chegavam e preenchiam uma parte do estacionamento. “Não somos muitos, mas o que importa é a paixão pelo carro”, disse Calixto. O encontro seguido da carreata de fuscas na torre foi comandado pelo clube VW Boxer, criado em julho do ano passado por Roberto Leão, Márcio Mota e Miguel Pinheiro. O grupo é composto por aproximadamente 30 integrantes.
Na infância Leão dispensava bicicletas ou vídeo-games, aos oito anos de idade o sonho era ter um “fusquinha”. “Meu pai já teve cinco fuscas e eu me amarrava neles. Hoje tenho o meu ‘bola de neve’”, contou. Roberto fala que ter um fusca não é um hobby somente para pessoas antigas, mas também para os mais jovens. “Eu gosto de somar minha caranga, meu skate e claro, minhas tatuagens”, brincou.
Miguel Pinheiro tem seu fusca há quatro anos, que segundo ele foi um presente de um amigo. Conta que a idéia original do clube surgiu em um encontro do “Clube do Fusca e antigos", do Distrito Federal. “Eu, o Márcio e o Leão pensamos que era melhor condensar uma galera e criar um grupo específico. É muito melhor quando você conhece todos e chama cada um pelo primeiro nome”, afirmou o fundador do clube.
Carreata
Dono de um fusca ano 1970, Amilton Bullante Galvão foi guia do Jornalistinha na carreata que saiu da torre de TV, passou pela terceira ponte do Lago Sul e teve como destino a pizzaria Primo Piato, localizada na quadra 706 norte.
Por coincidência Galvão começou a participar do VW Boxer nesta data e não poupou esforços para mostrar seu veículo totalmente original. “Simplicidade é a palavra chave do fusca”, sustentou. Bullante diz que o veículo tem o charme por ser básico e ao mesmo tempo ter uma postura robusta. “Pelo menos em alguma coisa Hitler acertou”, comentou. Como se sabe, o fusca foi criado por Adolph Hitler para atender as necessidades básicas do cidadão alemão, era o chamado “carro do povo”.
No trajeto a buzina teve sua vez e chamou a atenção dos carros que passavam ao lado. A fila de fuscas permaneceu praticamente intacta do começo ao fim do percurso.
Um susto tomou conta dos motoristas no momento em que o grupo parou em frente ao Palácio do Planalto. Dois guardas se aproximaram rapidamente dos veículos, mas os donos do fusca e acompanhantes pularam rapidamente novamente no carro e “deram no pé”. Mais a frente, a penúltima parada do grupo, próximo aos Ministérios. A pausa foi para conversar e tirar algumas fotos.
No final a carreata “deu em pizza”, mas para o bem dos amantes de fusca, foi de uma forma literal no Primo Piato.
sexta-feira, 22 de junho de 2007
Dormir no Zoológico!
O Zoocamping é uma das atividades educativas mais esperadas pelas crianças. De hoje (22 de junho) até domingo (24 de junho), 30 estudantes entre 10 e 12 anos de idade de São Sebastião vão viver essa emoção: acampar três dias no Zôo e conhecer os hábitos dos animais, de dia e de noite. O Zoocamping oferece uma oportunidade aos jovens participantes de conhecer e preservar o meio ambiente, incentivando a socialização e o trabalho em equipe.
O diferencial deste evento é que foram escolhidos estudantes pobres. A maioria nunca esteve no Zoológico de Brasília porque os pais não têm condições financeiras para sair da cidade onde moram e passar um dia de lazer com os filhos no Plano Piloto.
As crianças chegam hoje no Zoológico, às 15h e vão participar nos três dias (sexta, sábado e domingo) de uma gincana ecológica. Eles são divididos em equipes. Cada participante recebe um kit: com chapéu, camiseta, bolsa, lanterna e produtos de uso pessoal: sabonete, pasta de dente, xampu e protetor solar. São oferecidas 6 refeições por dia para as crianças.
A gincana começa com visitas monitoradas aos recintos, aulas sobre os bichos, competições, fabricação de brinquedos com material reciclável, bailão noturno, festa junina no sábado e muito mais.
Informações: A atividade é gratuita e quem ficar interessado no Zoocamping é só ligar para Diretoria de Educação e Lazer: 3345-3910
quinta-feira, 21 de junho de 2007
O Brasil de Luís Perequê
É com orgulho e um certo constrangimento que comento o disco Eu, Brasileiro, de Luís Perequê. Orgulho, pois se trata de um dos grandes compositores, intérpretes e violeiros do Brasil. Constrangimento porque nunca havia ouvido falar dele, até ser apresentado por um bom amigo, apaixonado por música popular, que andou lá pelas bandas de Paraty.
A bela cidade do litoral do Rio de Janeiro é berço e residência de Perequê, e isso faz toda a diferença na sua obra, repleta de Brasil por todos os poros. Seu país é caiçara, miscigenado, repleto de sons indígenas, negros e europeus. É o país dos violeiros menestréis errantes, da sua gente que se alastra litoral adentro, ponteia viola, invade os sertões e escapa pela geografia, alheio aos grandes canais de TV. É da mesma linhagem de Dércio Marques, Xangai, Renato Teixeira, Elomar e afins. Sua canção, no entanto, é forjada na praia, nas tribos e comunidades de pescadores.
Eu, Brasileiro é seu segundo disco, dedicado ao amigo e parceiro instrumentista Negão, do lendário grupo Paranga, da cidade de São Luís do Paraitinga. Todas as canções são de autoria do próprio Perequê e têm um sotaque único, muito próprio. São melodias vigorosas, com passagens rítmicas inusitadas que, em momento algum, prejudicam a fluidez. O violão, muito bem tocado pelo autor, é um fator decisivo na estrutura de suas obras, construídas com passagens harmônicas simples e bem engendradas.
O segredo da mistura de sua canção se completa com as palavras que escreve. Perequê é um letrista de mancheia, no que isso tem de mais estrito. Faz com que seus textos cantem repletos de sentido e som: ‘‘Eu sou da água do coco, do toco do pindoba, da goga que sobra do caxinguelê... Cara de nego maluco, macungo é suco de cana, mucama é dama africana, cachaça cana caiu’’, canta em Eu, Brasileiro. São imagens que dançam por conta própria, coisa que parece ter nascido pronta de tão límpida.
Sua canção se destaca e salta fora do quotidiano simples e prosaico caiçara. Questiona coisas grandes a partir do seu pequeno grande mundo. Tudo passeia nas suas proposições, desde Deus (ou os deuses), ecologia, paixões desperdiçadas (atenção para o lindo verso de Porto Perdão: ‘‘Ah meu amor, diga que não se lembra mais qual foi o cais em que o nosso barco naufragou, diga que não se lembra mais, se foi tormenta ou calmaria ou nem havia mesmo um cais’’), as cores do seu dia a dia perto tanto do mato quanto do asfalto.
Eu, Brasileiro, de Luís Perequê, acima de um ótimo disco, por um grande autor brasileiro, é uma obra que nos traz alento. Vem para nos lembrar de outros brasis possíveis que espocam aqui e ali e, muitas vezes, nem a maioria interessada toma conhecimento. Para tal, nem adianta procurar. Esta água só se bebe na fonte e os contatos são: Instituto Silo Cultural tel. (24) 3371.8365 ou silocultu ral@hotmail.com.
Autor: Julinho Bittencourt, jornalista, músico e crítico de MPB.
Crítica disponibilizada pelo jornalista para ser publicada no blog Jornalistinha.
quarta-feira, 20 de junho de 2007
Vira o Boca pra lá
O jogo será transmitido às 21:45h (horário de Brasília) pela emissora Rede Globo.
terça-feira, 19 de junho de 2007
Brasília ganha mais uma rádio de notícias
Breno Barros
Os fãs do radiojornalismo em Brasília, ganharam outra estação para escutar notícias 24 horas por dia. A BandNews FM 90,5 estréia a sua programação na capital federal nessa terça-feira, 19 de junho.
A única estação de rádio noticioso em Brasília era a rádio CBN, do Sistema Globo de rádio. A BandNews veio para aumentar o leque de opções para os ouvintes da capital federal. Criado pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação, a BandNews esta presente nas grandes cidades do país, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Curitiba.
No mundo que pessoas acreditam que o futuro esta na internet, o rádio continua a encantar pessoas de todas as idades. Companheiro dos amantes do futebol, das donas de casa e dos motoristas.
segunda-feira, 18 de junho de 2007
Grupo musical de Brasília realizará espetáculo no Pan 2007
A Companhia vai se apresentar para cerca de oito mil pessoas
No dia 20 de julho, às 19h, a Cia. Mambembrincantes, de Brasília, terá participação especial na Vila dos Jogos Pan-Americanos, no Rio de Janeiro, quando vai mostrar seu trabalho cênico-musical para uma platéia de cerca de oito mil pessoas, entre integrantes de delegações nacionais e internacionais, equipe técnica, atletas e convidados.
Único grupo musical de Brasília a se apresentar no Pan, o grupo foi convidado pela Petrobras, patrocinadora oficial dos Jogos Pan-Americanos, para integrar as apresentações que irão acontecer de 13 a 29 de julho, no Palco instalado nas dependências da Vila.
Mostrando canções de seus três CDs (Mambembrincantes, Ao Morro e Mecedina), a Companhia quer contagiar o público com os ritmos do Maracatu, Afoxé, Cipó Preto, Boi-Bumbá, Reisado, da Congada, Xula, Catira, entre outros. “Queremos que os estrangeiros conheçam os ritmos importantes da nossa arte popular e que os brasileiros venham a apreciar ainda mais essa riqueza de sons e cores tão particular da nossa cultura”, diz o músico Francisco Nogueira, vocalista da Companhia.
Com oito integrantes, entre músicos e atores, a Cia. Mambembrincantes começou de forma diferente sua trajetória artística. Suas primeiras apresentações, em 2000, foram na Europa, numa turnê que percorreu Berlim (Alemanha), Amsterdan (Holanda) e Avignon (França), mostrando o Teatro de Rua Prosas e Leréias Cantantes.
Texto: Silvana Ribeiro
Foto: Retirada do site da companhia
- Se você esta curioso em saber mais informações sobre a companhia musical, acesse o site da banda: www.mambembrincantes.com
sexta-feira, 15 de junho de 2007
Goiás Velho, o megacinema ambiental
Cidade sediará, de terça-feira a domingo, o 9º Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica)
A Cidade de Goiás, a partir de terça-feira (12/6), se transformará em uma mega sala de cinema. Começa o 9º Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica), sob a coordenação-geral do cineasta João Batista de Andrade, um dos mais conceituados diretores do país. O inédito desta edição será o fórum de discussão “O clima, a Amazônia e o Cerrado”, sob a coordenação do jornalista Washington Novaes.
A estimativa de público para o 9º Fica é de 200 mil pessoas, nos seis dias do evento.
Assim, com uma densa programação desde sua primeira edição, em 1999, o Fica se solidifica por sua relevância e abrangência e cumpre o seu papel de fomentador do cinema com viés ambiental, mas que estende seus benefícios em várias outras direções. Movimenta a cultura, o turismo, reaquece a economia, gera empregos (diretos e indiretos) e chama as atenções do mundo para as potencialidades de Goiás, da história ao meio ambiente.
Outra novidade será os dois shows nacionais, com Ed Motta e o grupo Cidade Negra e cursos com nomes respeitados da área de cinema, como o “Café Cinematográfico”, com Jean-Claude Bernardet e Ismail Xavier, onde se comemoram os 40 anos de lançamento do livro “Brasil em Tempo de Cinema”, um das obras mais importantes na área cinematográfica; a “Oficina de Fotografia” com Jorge Bodansky, diretor do clássico “Iracema, uma transa Amazônica” e conhecido no exterior como um dos documentaristas mais importantes (depois de Eduardo Coutinho); e ainda a “Oficina de Cinema Digital”, com Roberto Tietzmann.
Para a mostra competitiva foram inscritas 522 obras, das quais 322 internacionais e 200 brasileiras. De Goiás, participam 56 produções. Foram selecionados seis longas-metragens, oito médias, 15 curtas e duas séries televisivas, totalizando 18 horas, além das 2h35 das séries de TV. Entre os 31 filmes escolhidos, 20 são produções estrangeiras (15 países, contando-se co-produção) e 11 do Brasil, dos quais cinco são de Goiás. A organização espera 200 mil pessoas, nos seis dias da mostra competitiva.
O Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental oferece a maior premiação da América Latina. No total, serão distribuídos R$ 240 mil em prêmios, além do troféu oficial. O grande vencedor da mostra receberá o prêmio Cora Coralina (R$ 50 mil) e troféu. O segundo colocado merecerá o troféu Carmo Bernardes e mais R$ 35 mil. O terceiro receberá o troféu Jesco Von Putkamer e mais R$ 25 mil, o mesmo valor que será dado ao quarto lugar que receberá ainda o troféu Acari Passos.
Às duas melhores produções goianas serão pagos prêmios de R$ 40 mil, além dos troféus José Petrillo e João Bênnio. A melhor série ambiental para televisão receberá o troféu Bernardo Elis e mais R$ 25 mil. Também serão premiados curtas-metragens e séries televisivas.Fonte: Retirado do site vivacerrado.com
quarta-feira, 13 de junho de 2007
Deu no Noblat
Olá pessoal,
Agradecemos ao jornalista Ricardo Noblat pela indicação do Jornalistinha na seção "Vale a pena acessar", do Blog do Noblat..
O Homem da mala preta
Michel Santana
Uma figura aparece em um portão de uma escola. A imagem é a de alguém com uma maleta preta nas mãos. Para o bem dos alunos não se trata de mensalão ou propina, mas sim de leitura.
Cícero Ferreira Lima, estudante de pedagogia da Faculdade Alvorada em Brasília, realiza um trabalho interessante: levar o mundo dos livros até às salas de aula. Vestido de palhaço e com o apelido de “Pipoca” – pelo fato de andar com vários sacos de pipoca em suas primeiras apresentações – revela que sua função social “é transmitir conhecimento para as crianças”.
O projeto intitulado “A Importância do ato de ler” surgiu após o palhaço descobrir o método de Paulo Freire. A idéia brotou quando ele começou a fazer o curso de pedagogia. “Ao começar a faculdade percebi a importância da leitura. Quando era pequeno não tive oportunidade de ler um livro. Para se ter uma idéia, fui alfabetizado somente aos dez anos de idade”, comenta Lima. Hoje ele conta com um acervo de livros guardados em caixas e armários em sua casa, muitos deles doados por amigos.
Após dois meses em solo universitário, Cícero deu início a sua proposta. Dois anos depois o projeto já passou por escolas e creches de São Sebastião, Planaltina, Asa Sul, Asa Norte entre outros lugares. Porém a que mais lhe chamou a atenção foi a “escola de lata”, localizada na Estância, em Planaltina. “Lá a situação é precária, as crianças sofrem muito. Porém, esse sofrimento é que me sensibiliza a fazer algo para melhorar o mundo desses meninos”, admite o estudante.
Quanto à sensação de realizar esse trabalho, Cícero diz que “foi picado pelo mosquito da solidariedade e que essa é uma febre que não tem cura”. O Palhaço comenta que ainda não têm planos para trabalhar a leitura com adultos, mas adverte que ler é essencial tanto para as crianças como universitários.
MALA PRETA
A concepção de Pipoca para melhorar o índice de leitura nas escolas (pesquisas importantes indicam que o brasileiro lê menos de dois livros por ano) é incentivar as rodas de leituras para todas as faixas etárias. Ele e sua maleta já até pensaram em uma saída. “Meu objetivo é fazer com que essas malas cheias de livros passem de quinze em quinze dias por várias salas de aula de uma escola, como se fosse um rodízio”, explica.
Cícero comenta que um bom caminho para incentivar as crianças a ler é utilizar, em um primeiro plano, livros com gravuras. Na mala ganha destaque a coleção completa de Monteiro Lobato, que segundo ele é o carro-chefe da garotada.
sexta-feira, 8 de junho de 2007
Símbolo da união entre nações chega a Brasília
Breno Barros
Nesta segunda-feira, 11, Brasília vai receber um dos símbolos do esporte, a Tocha dos Jogos Pan-americanos. Assim como a chama dos jogos Olímpicos, a corrida do revezamento da tocha do Pan é uma tradição na competição. A passagem da tocha começou a ser realizada em 1951, no primeiro ano dos jogos Pan-americanos, em Buenos Aires, na Argentina. A chama foi acessa na Grécia, assim como nos Jogos Olímpicos.
A origem da corrida da Tocha vem dos antigos jogos Olímpicos da Grécia, a mais de 26 séculos. A chama Olímpica servia para anunciar a proximidade dos Jogos Olímpicos e levar a mensagem de paz para as cidades gregas. Assim, a chama poderia por fim a qualquer guerra entre os povos, já que era proibido o combate durante as competições dos jogos. Por isso, a Tocha é considerada o símbolo da união entre as nações.
Essa será a segunda vez que a tocha do Pan vem a Brasília. A primeira foi em 1963, no IV jogos Pan-americanos na cidade de São Paulo, onde a chama foi acessa na Capital Federal por uma tribo indígena do Carajás. A tocha percorreu 1.256 Km no território nacional até a chegada no estádio do Pacaembu, onde foi realizado a abertura dos jogos.
Segue o cronograma da passagem da tocha em Brasília:
- 7h30 às 9h30 - chegada do guardião da tocha e desembarque de equipamentos
- 10h30 às 11h30 - Ida do aeroporto para o Palácio do Planalto
- 11h30 às 13h - Cerimônia no Palácio do Planalto e celebração na Praça dos três Poderes
- 13h - revezamento da tocha
A tocha passará pela a Esplanada dos Ministérios e seguirá para a Avenida das Nações, a Ponte JK, a Via L2 sul, e seguirá até Taguatinga. Após percorrer um percurso na cidade ela retornará pelo eixo monumental e por fim, no congresso nacional. Lembrando que o revezamento da tocha será feito a pé e em comboio. Não vou disponibilizar os nomes de quem vai participar do revezamento, por que até a publicação desse spot os nomes não foram confirmados.
quarta-feira, 6 de junho de 2007
Tiro no Pé
Último dia de maio. Abro o jornal e leio na capa do mais antigo jornal do DF, uma manchete que alega que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) tem conhecimento das operações do ex-ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau, noventa dias atrás. O título da matéria diz tudo: "ABIN já vigiava as contas de Rondeau".
Na tarde do mesmo dia, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSIPR) informou, em nota à imprensa que "o Ministro-Chefe do GSIPR não solicitou, nem a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) realizou tais investigações, carecendo de fundamento, desse modo, as informações veiculadas pelo jornal" e ainda que "a ABIN, órgão vinculado ao GSIPR, tem suas atividades voltadas exclusivamente para produção de conhecimentos relativos à segurança da sociedade e do Estado brasileiro".
Ora, que curioso. Se fosse publicada informação inverídica sobre mim na capa de um jornal qualquer, eu tomaria todas as medidas jurídicas possíveis, iria à imprensa, enfim, não aceitaria tal atitude para comigo. Num veículo de repercussão nacional, minha indignação e ações, legais, seriam ainda mais drásticas. Agora, imagine você, quando uma matéria atinge diretamente o Gabinete de Segurança Institucional de nosso país... E a atitude deles, estranhamente, limita-se, a uma nota curta que não avisa que atitudes serão tomadas em relação à informação improcedente.
O citado jornal foi inaugurado em 1808 por José Hipólito da Costa, em Londres. Mais tarde, em 1960, Assis Chateubriand deu a cara brasileira do veículo. Muitos colegas meus seríssimos trabalham lá. Custo a crer que os editores do Correio Braziliense, "deram uma barrigada", como se diz no jargão jornalístico quando se publica uma inverdade.
Certa vez, quando Ricardo Noblat, era ainda o diretor de redação daquele veículo, assumiu uma capa, que vem sendo estudada nas universidades de jornalismo pela coragem e ética, ao publicar em letras garrafais um "ERRAMOS". De lá para cá não tenho visto erro algum dessa monta oriundo do Correio. Por essas e outras, sem saber em quem paira a razão – se é que ela existe para um só lado da moeda, divido algumas inquietações com o cidadão comum que quiser e puder perder alguns parcos minutos para pensar (e como parece que pensar cansa, no Brasil...).
Em primeiro lugar, no primeiro parágrafo da matéria, diz-se que "documentos obtidos pelo Correio (...)" Bem, coincidentemente, no mesmo dia da suposta apuração e acesso aos documentos pelo periódico, Silas Rondeau foi ouvido pela ministra responsável pelas investigações, Eliane Calmon. Tudo indica que a magistrada não teve acesso às tais informações com a mesma celeridade que o jornal, tendo possivelmente, à oitiva, faltado dados para tanto. O que ainda é oportuno para que a valorosa ministra requisite as informações.
Em segundo lugar, na mesma matéria são citados dados bancários e telefônicos de Silas Rondeau, em detalhes minuciosos... Será que o Correio Braziliense quebrou tais sigilos? Ou a própria Abin? Pelo que se sabe, toda e qualquer escuta telefônica e quebra de sigilo bancário tem que ser feita por meio de autorização judicial. Não se tem conhecimento de que tenha havido qualquer liberação nesse sentido. Imagine só: se para investigar uma pessoa pública, tais princípios possam ter sido desrespeitados, imagine a mim e você que lê, cidadão comum... Quem for o culpado por tais quebras, terá ferido os direitos fundamentais do cidadão, previstos na Constituição Brasileira.
Caso o Correio comprove que recebeu os documentos da Agência, ainda n mesma matéria, alega-se que o Planalto tinha conhecimento da investigação e de seus resultados e, mesmo assim, contudo, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, concedeu entrevista afirmando acreditar na inocência de seu ministro.
Aqui, cabe novo refletir. Ao Gabinete de Segurança Institucional (GSIPR) cabe a responsabilidade de Lei, ao receber as informações da ABIN, repassá-las ao dignatário maior da nação e, dessa forma, muni-lo de ferramentas informacionais suficientes para que ele, possa evitar de defender ou acusar a quem quer que seja, com a maior certeza possível. Tudo indica que quem ocupa o cargo, parece estar contra o presidente ao, constantemente, submete-lo a retratações. Muy amigos...
Outra hipótese que também me ocorre é que há rumores que afirmam que ambos os dirigentes que ocupam os cargos superiores do GSIPR e da Abin, estão por um fio para perderem seus empregos. Por isso, é no mínimo curioso que de abril para cá, apareçam manchetes enaltecendo ações da Abin. Houve uma matéria sobre um lutador de jiu-jitsu como alvo do Al Qaeda, em um jornal do Rio, e agora essa desse periódico de Brasília. Seria possível suspeitar da montagem de um relatório de investigação feito às pressas para aproveitar o calor da discussão midiática e conseguir assim, uma auto-promoção que possa ajudar na manutenção de cargos por supostas competências...
Também acho válido citar trecho de matéria publicada na Folha de São Paulo, em 04 de agosto de 2005, que dizia que " ex-integrante do serviço de espionagem da ditadura militar, Márcio Paulo Busanelli foi escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para substituir Mauro Marcelo de Lima e Silva na direção-geral da
Abin. Seu nome-indicado pelo ministro-chefe do GSI da Presidência, general Jorge Félix – já enfrenta resistência de setores do governo e movimentos e entidades ligados aos direitos humanos(...)".
Bem, pelo visto, desde antes de assumir, a nova diretoria da Abin já vem enfrentando percalços... Levantando espaços para questionamentos de jornalistas, pensadores políticos, dos cidadãos mais atentos, enfim, que poderiam questionar o descuido com a atividade de investigação. Falamos aqui de atividade de inteligência do Estado. E por Ele, há que ser ter zelo. Em nome de quem ocupa os cargos, que, em ultima instância, foram escolhidos pelos políticos que Nós colocamos no poder.
Eleitor ou não do presidente Lula, ressinto-me de tais discrepâncias. E como cidadão deixo as perguntas e torço por mais ações afirmativas e com inteligência. De verdade...
*Marcos Linhares é jornalista, escritor e pós graduando em Assessoria em Comunicação Pública.
terça-feira, 5 de junho de 2007
O "acriana" de Zuenir
Bruna Adelaide*
Ainda no estágio recebo um convite de uma amiga para participar de um bate-papo com o escritor e jornalista Zuenir Ventura. Como tinha lido um dos seus livros, “Chico Mendes – Crime e Castigo”, a pedido do professor da faculdade, achei que seria importante estar presente para discutir alguns pontos sobre o livro e de quebra fazer um “h” com o professor. Saímos do estágio e fomos ao encontro de Zuenir. Ao chegarmos percebemos que estava vazio e o Zuenir ainda não estava por lá. A expectativa de encontrá-lo aumentava a cada instante. Quando ele chegasse o que faríamos? Assumiríamos a nossa pose de tiete e pediríamos um autógrafo? Mas antes como iríamos reconhecê-lo, se nunca o tínhamos visto antes?
A verdade é que todo senhor de cabeça branca que passava com um ar de intelectual ficávamos com a dúvida de ser ele ou não. Entretanto, a nossa referência construída não iria nos ajudar muito, afinal era quase impossível não achar pessoas que não se encaixassem nesse perfil. As apostas eram altas e achar o Zuenir ficava uma tarefa cada vez mais difícil. Até que uma figura vestida de preto aparece e facilmente se encaixa no perfil pré-estabelecido. O tumulto a sua volta validava as nossas suspeitas.
“Olha o cara aí”, pensei. Só poderia ser ele, quem mais iria estar rodeado de pessoas e com um ar de intelectual pós-moderno? Na discussão com minha amiga de quem iria abordá-lo primeiro, e de quebra pagar um “mico”, uma senhora gentilmente nos alertou de que não se tratava de Zuenir, e sim do escritor Ignácio de Loyola Brandão. Eu com toda a minha ignorância literária fiz aquela cara de “hãrã, sim, perfeitamente. Não estávamos falando sério”.
As horas passavam e parecia que Zuenir não chegava nunca. Queria tento falar para ele do livro, da minha naturalidade (sou acreana), falar das pessoas em comum que conhecíamos. Quem sabe ser do Acre fosse uma brecha para puxar assunto? Ainda mais com o cara que escreveu com tamanho zelo a história do Chico.
Mas tinha um “mas” em toda essa história: eu não estava com o livro. Tentei persuadir a minha amiga a me dar o livro dela, falei para ele autografar junto, mas nada a fez mudar de idéia. A minha vontade era mesmo na sua ausência roubar o seu livro, mas foi só uma pequena vontade.
Resolvemos circular pelo ambiente e encontramos uma amiga de faculdade. Ficamos as três, juntas, com papel e caneta na mão, aflitas, para variar eu roía as unhas. Tão meninas, tão focas, tão tietes... Na frente dele queríamos falar, manter um vínculo, que fosse apenas por alguns segundos, eu não nego a minha vaidade e comecei a falar pelos cotovelos. Nos apresentamos, falei para ele do livro, simulei para ele que a minha amiga o tinha pego de mim, da demora, da honra em conhecê-lo e mais um monte de bla,bla,blá. Tentei ser engraçada, não sei se consegui atingir o meu objetivo.
Tinha guardado o meu trunfo, o fato de ser acreana. A partir disso iríamos conversar sobre várias coisas. Enquanto isso Zuenir autografava, perguntava o nome e anotava. Na minha vez antes de perguntar falei a ele que era acreana. Ele autografou e deu o autográfo. Nada mais.
Li rapidamente o que ele tinha escrito e sentei, pois a programação estava atrasada, o tempo era curto e Zuenir tinha que subir ao palco com o Brandão. Mas algo me remoía, tirei o autógrafo da mochila e li novamente. Não conseguia entender direito, com certeza não era “acreana”, pois tinha um “i” no lugar do “e”. Ele não escreveria errado. Preferia que tivesse escrito errado. Não consegui me concentrar muito no bate-papo, pois o “acriana” do Zuenir me vinha à cabeça constantemente. Mais tarde, já em casa, lendo e relendo descobri ser Adriana e não acreana.
*estudante do 4º período de jornalismo da Universidade Católica de Brasília e colaboradora do blog Jornalistinha
foto retirada do site:
http://www.juonline.com.br/manager/ba/arquivos/zuenir_ventura_m02%5B.jpg
sexta-feira, 1 de junho de 2007
Lembrete do Perdiz
O Jornalistinha recomenda aos cidadãos brasilienses que gostem da cultura nativa a acompanhar 24h de arte na Oficina Teatro Perdiz. O ciclo de atividades ecléticas começa hoje a partir das 18h e vai até às 18h de sábado.
Entre os espetáculos está a peça "“Quem fez 68 não faz 69”, interpretada por Ruth Guimarães, que faz uma pequena sátira a ditadura militar. Vale a pena conferir também o monólogo “Cobra Norato”, interpretado por Sérgio Viana. A apresentação conta o mito da “cobra grande da Amazônia”.
Ao término da maratona cultural artistas e apaixonados darão um abraço simbólico na oficina em nome da arte. Para manter a chama da Oficina Teatro Perdiz acesa, a idéia é que os "abraçadores da causa" levem velas no momento em que estiverem em volta da oficina.
Teatro Oficina Perdiz - 24h de arte e cultura
Local: Brasília - Asa Norte, Quadra 708/709
telefone para contato: 61 32732364