“Não mãe, fusca de novo não”. Essa era a frase que Pedro Lucas, 16, dizia à mãe, Sandra Calixto, toda vez que ela ia adquirir o veículo. A paixão de Sandra e de mais alguns amantes do fusca pôde ser demonstrada nessa sexta-feira (22) com carreata e muitas buzinadas.
Por volta das 19:40h o marasmo que rondava a torre de TV foi preenchido por um barulho de motor bem conhecido. Aos poucos os veículos chegavam e preenchiam uma parte do estacionamento. “Não somos muitos, mas o que importa é a paixão pelo carro”, disse Calixto. O encontro seguido da carreata de fuscas na torre foi comandado pelo clube VW Boxer, criado em julho do ano passado por Roberto Leão, Márcio Mota e Miguel Pinheiro. O grupo é composto por aproximadamente 30 integrantes.
Na infância Leão dispensava bicicletas ou vídeo-games, aos oito anos de idade o sonho era ter um “fusquinha”. “Meu pai já teve cinco fuscas e eu me amarrava neles. Hoje tenho o meu ‘bola de neve’”, contou. Roberto fala que ter um fusca não é um hobby somente para pessoas antigas, mas também para os mais jovens. “Eu gosto de somar minha caranga, meu skate e claro, minhas tatuagens”, brincou.
Miguel Pinheiro tem seu fusca há quatro anos, que segundo ele foi um presente de um amigo. Conta que a idéia original do clube surgiu em um encontro do “Clube do Fusca e antigos", do Distrito Federal. “Eu, o Márcio e o Leão pensamos que era melhor condensar uma galera e criar um grupo específico. É muito melhor quando você conhece todos e chama cada um pelo primeiro nome”, afirmou o fundador do clube.
Carreata
Dono de um fusca ano 1970, Amilton Bullante Galvão foi guia do Jornalistinha na carreata que saiu da torre de TV, passou pela terceira ponte do Lago Sul e teve como destino a pizzaria Primo Piato, localizada na quadra 706 norte.
Por coincidência Galvão começou a participar do VW Boxer nesta data e não poupou esforços para mostrar seu veículo totalmente original. “Simplicidade é a palavra chave do fusca”, sustentou. Bullante diz que o veículo tem o charme por ser básico e ao mesmo tempo ter uma postura robusta. “Pelo menos em alguma coisa Hitler acertou”, comentou. Como se sabe, o fusca foi criado por Adolph Hitler para atender as necessidades básicas do cidadão alemão, era o chamado “carro do povo”.
No trajeto a buzina teve sua vez e chamou a atenção dos carros que passavam ao lado. A fila de fuscas permaneceu praticamente intacta do começo ao fim do percurso.
Um susto tomou conta dos motoristas no momento em que o grupo parou em frente ao Palácio do Planalto. Dois guardas se aproximaram rapidamente dos veículos, mas os donos do fusca e acompanhantes pularam rapidamente novamente no carro e “deram no pé”. Mais a frente, a penúltima parada do grupo, próximo aos Ministérios. A pausa foi para conversar e tirar algumas fotos.
No final a carreata “deu em pizza”, mas para o bem dos amantes de fusca, foi de uma forma literal no Primo Piato.
4 comentários:
Michellllllllll. Vc arrasou! Matéria excelente. Me senti participando do encontro do fusca. este é o clima. beijos e boa sorte nessa vida de repórter de rua. Maravilhosa a matéria. Beijos. Camila
Olá Michel, desculpe a demora em postar o comentário mas deixo registrado minha satisfação em ler a matéria postada por vc, e desejo que Deus te ilumine e abra a portas necessárias para vc na sua almejada carreira de jornalismo, porque talento você tem.
Um abraço.
Pô Michel, ficou muito bacana a reportagem que vc fez, vou colocá-la no forum, pra que a galera possa passar por aqui e comentar sobre a carreata, venho em nome do VW Boxer Clube - Brasília-DF, agradecer pela cobertura e pela reportagem dirigida não só ao nosso clube, mais ao dia 22 de junho, dia mundial do fusca! Abração.
Betotattoo
VW Boxer Clube - Brasília-DF
www.vwboxerdf.cjb.net
Parabéns pela reportagem! Estive na carreata e gostei muito da homenagem aos besouros! Só complementando, o Volksvagem (conhecido aqui no Brasil como fusca) foi na verdade criado por Ferdinand Porsche, a pedido de Hitler! Grande abraço!
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