quinta-feira, 31 de maio de 2007

Mais cor na política...


Como se não bastasse, mas um estilista quer entrar para o ramo político. Desta vez, Ronaldo Ésper quer se filiar ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Segurem os vasos do Congresso... Te cuida Clodovil...

Confira a íntegra da matéria no site G1:
http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL44734-5601-8015,00.html
(foto do site G1)

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Até que a vida nos separe


Michel Santana

Por volta das 20h da noite uma figura limpa as arquibancadas com um rodo, um pano úmido e um balde de água. Ele esfrega todas as fileiras com calma, às vezes até com alguns assobios. Esse personagem é Sérgio Viana, 56, que é ator, dá aulas de canto coral e é colaborador Teatro Oficina Perdiz. Todo esse preparo é para a peça “Até que a vida nos separe” , exibida às 21h e interpretada pela atriz Ruth Guimarães. A peça foi escrita por Ricardo Guilherme, que segundo Ruth, “traz a xoxota na alma”.

Mais ou menos 20:45h ocorre um pouco de tensão, cadê o público? “Aqui em Brasília em plena terça-feira e a essa hora o pessoal não tem hábito de ir ao teatro”, comenta Viana ao blog Jornalistinha. Um velho ditado resume a situação: “de grão em grão e galinha enche o papo”. E aos poucos foram chegando pessoas para assistir a apresentação.

A peça fala sobre o amor, sobretudo, no casamento. Se trata de um monólogo, com questionamentos de como um homem deve amar a mulher e vice-versa. “O amor não é mais um substantivo, mas sim um verbo”, interpreta em uma das frases do monólogo Guimarães. Na encenação Ruth dá um show de expressividade, direcionando sua atuação aos poucos, mas fiéis 15 espectadores.


Entre o público presente estava o inglês Donald Hyams, que veio do Rio de Janeiro e está a passeio em Brasília. Ele acompanhou a peça e disse que o contraste da oficina e das peças cria uma identidade. “É uma delícia, é algo bastante engenhoso e verdadeiro.”, comentou.

Após o final da peça Ruth deixou um recado não só para o GDF, que queria derrubar a Oficina, mas para todos os cidadãos de Brasília que pretendem preservar o Perdiz.

“Perder o Perdiz é perder a memória de Brasília”

Programação da Oficina do Perdiz para os próximos dias:


Quarta-feira (30/05): Apresentação do filme “Teatro Oficina Perdiz” às 21h, de Marcelo Dias.
Quinta-feira (31/05): Monólogo “Saída de Emergência”, apresentado por Zé Regino (horário não confirmado).

No dia 01 de junho vão começar as 24h de atividades do “Teatro Oficina Perdiz”. A maratona começa às 18h desta sexta-feira e vai até as 18h deste sábado. Na sexta será apresentada a peça “Quem fez 68 não faz 69”, interpretada por Ruth Guimarães, que faz uma pequena sátira a ditadura militar.

No sábado vai ser a vez do monólogo “Cobra Norato”, interpretada por Sérgio Viana. A apresentação conta o mito da “cobra grande da Amazônia”.

(Fotos cedidas pelos colegas Arthur Gouveia e Bruno Flores, que assistiram a peça)

Para mais informações ligue no número: 3273-2364 e fale com Marcos Pacheco.

Perdiz neles


Michel Santana

Pelo lado de fora se avista uma casa revestida de madeiras. Dentro do ambiente há um palco no chão da oficina, com uma parede atrás cheia de placas de metais e grades. No local estão estacionados pelos cantos torneiros mecânicos, peças de automóveis, macacos hidráulicos e até mesmo geladeiras. Como não podia faltar, uma arquibancada com capacidade de aproximadamente 120 lugares, feita de madeira e peças diversas de ferro.

Do lado do palanque se observa uma mesa em um canto, cercada de grades que parecem de quintais de casas. Nesse cantinho fica o controle da luz. Bom, esse é o ambiente onde mora José Perdiz, que transformou um só lugar em oficina de automóveis e teatro. O Teatro Oficina Perdiz é um dos símbolos culturais de Brasília, criada desde 1966 e movimentada por peças a partir de 1989. Fica localizada ali na Asa Norte, na quadra 709.


Ao ser questionado pelo Jornalistinha, Perdiz brinca ao dizer porque mantém a oficina. ”Só tenho a oficina mesmo porque tenho um carro”, comenta. Perdiz revela como conseguiu construir a estrutura. “Para construir a arquibancada eu demorei umas cinco horas. Comecei a ajeitá-la um dia era umas 13:30h, e quando deu umas 18:30h ela já estava terminada. Os acessórios depois eu coloquei aos poucos”, disse Perdiz.

Esses dias o teatro viveu uma fase um pouco turbulenta, com a ameaça de fechamento do local. Mas ao que tudo indica, a oficina será preservada, pelo menos foi o que garantiu o Governador do Distrito Federal. “O Oficina do Perdiz é um símbolo cultural, não pode ser fechada. Já consultei o secretário adjunto de Cultura, Ricardo Pires, para trazer uma solução para o local”, afirmou Arruda.

A Oficina Teatro Perdiz ainda não tem alvará da área que ocupa. Inclusive já foi ameaçada no passado, em setembro de 2002, quando chegaram a derrubar uma parede do local. O que levou a Secretaria de Fiscalização do DF à possível derrubada da oficina foi a irregularidade na ocupação e alguns quesitos na segurança.

(Foto 1 - Placa - cedida pelos colegas Arthur Gouveia e Bruno Flores)

terça-feira, 29 de maio de 2007

Sistema falho...

Uma matéria publicada no G1 mostra como é falho nosso sistema de cotas para universidades públicas. Desta vez dois gêmeos tiveram caminhos diferentes. Segundo critérios do sistema, um é considerado negro e o outro não. O mais engraçado é que os dois são univitelinos. (?)

Já está na hora de deixar de lado a "cor" do cidadão. O que manda é o conhecimento, e mais importante ainda, como utilizá-lo.

Acessem o link e leiam a matéria:
http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL43786-5604,00.html

segunda-feira, 28 de maio de 2007

PF: de Matusalém à Big Brother...


Breno Barros

Vira e mexe nos deparamos na mídia com alguns nomes como cavalo de tróia, setembro negro, cavalo de aço, predador, ilha da fantasia. Primeiramente pensamos que seja somente nomes de filmes, certo? E se eu falar que esses nomes tem a mesma ligação com anjo da guarda, babilônia, Canaã e Galiléia. Você logo imaginaria que esses são nomes de filmes religiosos. Vou mais além. Aí se eu falar sanguessuga e navalha. Agora sim, você vai lembrar das operações da Polícia Federal. Pois bem, todos aqueles nomes também não são somente nomes de filmes, são ações da PF.

Todos os nomes são escolhidos pelos delegados da PF, onde fazem referência aos casos que estão sendo estudados, a fim de sigilo. Além de filmes, são escolhidos, livros, deuses gregos, nomes bíblicos ou ditados populares. Elas são feitas em questões de meses ou ano, onde mobiliza dezenas ou centenas de agentes da polícia federal.

Listei alguns nomes de operações da PF, no período de 2003 a 2007, espero que você desfrute e relembre:

Águia; Sucuri;nicotina II; planador; trânsito livre; praga do Egito; cavalo de tróia; anaconda; concha branca; setembro negro; garça; tempestade no oeste; medusa; paz no campo; feliz ano velho; fraude zero; pandora; matusalém; mamoré; operação vampiro; rosa dos ventos; soro; pensacola; zumbi; farol da colina; mucuripe; chacal; pororoca; capela; poeira no asfalto; cataratas; catuaba; faraó; mascates; Perseu; sentinela; castelo; faroeste; mar azul; cavalo de aço; saia justa; fênix; predador; alcatéia; petisco; big brother; clone; terra nostra; dragão; buritis; março branco; tango; castanhola; guabiru; espectro; curupira; anjo da guarda; panorama; cevada; tentáculos; mercúrio; narciso; confraria; falsário; Macunaíma; babilônia; encaixe; serra luz; pégasus; roupa suja; trevo; bye bye Brasil; mandrake; dublê; pedra bonita; Canaã e overbox; êxodo; ponto com; canil; capitão gancho;

Ilha da fantasia; águas seguras; cangaço; decadência total; coqueiro; Araripe; 3x1; tonga; tic-tac; cegonha; carbono; scan; brother; câmbio; xeque-mate; mar Egeu; esfinge; safári; cidade baixa; tarantela; suíça; urutau; dissolve; fim da linha; tarô; boas vindas; paralelo; calouro; galiléia; sanguessuga; pólo; hélios; boneco de pano; carta marcada; vidas secas; branca de neve; castores; bala doce; escudo; carro zero; violeta; 14 bis; terra prometida; conta conjunta; fox; cerol; mão-de-obra; tanque cheio; sintonia; dominó; saúva; dilúvio; roncador; exodus; harmonia; galáticos; amigos da onça; campo fértil; corsário; abstinência; Eros; tridente; gabarito; gato de botas; felina; seja legal; anos dourados; alcatrão; voto livre; control + alt + Del; oráculo; telhado de vidro; ouro de tolo; pinóquio; São Matheus; Afrodite; ouro de tolo; rio Nilo; savana; Ananias; Xingu; casão; truco; Morpheu; miragem; cacique e tantos outros que ainda virão....

(Imagem retirada do site http://www.jetsetviagens.com.br/gifs/pollogo.gif)

Porcalhada


Michel Santana

Ao garimpar algumas informações pela internet encontrei uma notícia que me deixou perplexo. A matéria, publicada no site G1, faz referência a um garoto de apenas 11 anos que matou um porco gigante à tiros nos Estados Unidos da América. O animal tinha aproximadamente 500 kg e media 2,8 metros do focinho ao rabo. Tudo bem que é um feito incrível, mas o que um moleque fazia com um revólver na mão? O que me deixou mais enfurecido foram as aspas dessa criança: “Foi legal mesmo. Provavelmente eu nunca mais vou matar algo desse tamanho".

Para se ter uma idéia da educação do garoto, o primeiro animal que ele matou foi um veado, e adivinha com quantos anos? Cinco. O nome da “criatura” é Jamison Stone, e no momento em que abateu o porco selvagem estava acompanhado do pai, Mike Stone e mais dois guias do Alabama (EUA).

O que talvez seja lamentável nessa história é o prazer que Jamison sentiu ao matar o animal. Na matéria ele diz o seguinte: “Eu estava um pouco assustado e um pouco excitado”. Acontece que no EUA a “arma de fogo” já se transformou praticamente em um utensílio doméstico.

Recentemente teve até um caso em que o estado de Illinois, no norte dos EUA, concedeu uma licença de porte de arma a uma criança de onze meses, depois que seu pai preencheu e enviou corretamente a solicitação pela Internet à Polícia do Estado.

Nos Estados Unidos é muito usado este lema: “Armas não matam pessoas, mas sim pessoas matam pessoas”. O que os estadunidenses devem saber é que essa frase é algo totalmente infantil, não passa de um lema “besta” para tentar globalizar essa paixão que este povo tem pela destruição. Talvez esse tipo de pensamento não evoluiu desde a Corrida Armamentista. Para se ter uma idéia, o principal ator do cinema “americano” hoje é simplesmente a pólvora.

Sem a pólvora o que seriam dos estadunidenses?

Link da matéria no G1:
http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/0,,MUL42664-6091,00.html

sexta-feira, 25 de maio de 2007

É W3 sul


Michel Santana

Acho que já criei um laço com a W3 sul. Como passageiro profissional de ônibus avisto todos os dias uma rua, que um dia, em minha concepção, já foi menos movimentada. Logo me vêm a cabeça fatores como o capitalismo, marxismo e outras teorias que são carro-chefe na construção de uma sociedade. Às vezes me espanto de ver tanta gente, de onde vêm essas pessoas? Por que perambulam por aquela via, cheia de comércios, pichações, algumas árvores...

Hoje, o trajeto comum que realizo é W3 Sul/Norte. O lado sul dá uma noção de mais calmaria, com muitas casas. O mais gostoso de andar de ônibus pela W3 Sul é que você não sabe exatamente o que está a sua frente, pelo fato de ser bem arborizada e com pequenas sinuetas no traçado. Algo interessante é o número de cabeleireiros que se concentram no local, há uma sequência de quadras e nota-se vários salões emparelhados. Uma dica, o preço do corte de cabelo não é tão bom, melhor optar pela rodoviária e outros locais mais populares.

Outra coisa que chama atenção também, não só na W3 sul como na norte, é a presença impreterível de barracas de doces, pirulitos, cachorros quentes entre outros ao lado das paradas de ônibus. O ponto de ônibus também virou sinônimo de comércio. Quis tirar minha dúvida e perguntei para um vendedor quanto ele conseguia ganhar em dinheiro líquido mensalmente. Ele me contou que faturava por volta de R$ 500,00 em um “mês bom”.

Logo isso dá a entender que as paradas de ônibus podem se transformar futuramente em um ponto de venda para os camelôs, principalmente os que disputam espaço na área da rodoviária do plano piloto e em outros cantos de Brasília. Já pensou, que além de comprar chiclete em uma parada você pode adquirir outros utensílios não supérfluos? Imagine que ao ir ao trabalho ou ao voltar para casa você possa comprar produtos essenciais para sua casa, ou escritório, tudo na parada de ônibus? Talvez seja essa uma nova forma de comércio que pode dar certo. Depende apenas da atitude de nossos colegas empreendedores.

(foto retirada do site http://www.damtp.cam.ac.uk/user/yuri/fotosbsb_arquivos/)

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Homem e suas paranóias


Breno Barros

Já foi publicada no blog do jornalistinha, a crônica "O Estripador de Laranjeiras" do Carlos Eduardo Novaes. Onde o autor satiriza o medo da população com a onda de assaltos das grandes cidades. Por coincidência, ontem ocorreu uma cena inusitada em Brasília.

A empregada doméstica, Luíza de Sousa, 24, foi socorrida pelo corpo de bombeiro, onde estava pendurada, no terceiro andar do prédio onde trabalha, na Asa Norte.

Você irá perguntar, o que tem haver o Estripador de Laranjeiras com o caso de Luíza de Brasília?

Vai com calma, que você vai descobrir.

Os bombeiros não sabiam por qual motivo Luíza estava pendurada na janela do seu apartamento. Eles devem ter pensado em várias hipóteses para a moça estar naquela situação. Mas nunca imaginado no fato verdadeiro. Enfim vamos aos fatos: Ela estava sozinha no apartamento quando escutou um barulho na porta e imaginou que seria um assaltante tentando força à entrada. Luíza ficou assustada e resolveu fugir pela janela, no terceiro andar, e ficou pendurada e não consegui voltar por onde veio.

Essa história daria uma ótima crônica. O ponto de ligação das duas histórias é a paranóia e a falta de confiança no ser humano. Eu sei que temos que tomar cuidado, pois o mundo esta violento, mas não podemos exagerar. Muitas pessoas estão vivendo uma vida de pânico.

Veja a reportagem que saiu no Portal da Globo no seguinte link:
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL41524-5598,00.html

(Foto retirada do Portal G1)

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Colega Marcos


Recomendo ao público do Jornalistinha que acesse o site do nosso colega de profissão Marcos Linhares. Hoje Linhares postou um artigo bastante interessante e gostoso de ler, que é o "Brasília e seus contrastes". No site ainda são encontrados diversas reportagens e textos de diversos gêneros.

O endereço é: www.marcoslinhares.com.br

Boa leitura a todos!

Simplesmente Brasília

Breno Barros

Você deve esta imaginando que estou com preguiça e não quero escrever alguma matéria interessante. Mas eu não resistir em disponibilizar os e-mails que recebo. Não vou contar o que se trata o texto, deixarei com você. Já quem não mora ou nunca morou em Brasília irá ficar perdido. Pois o texto mostra as características e costumes dos moradores da capital federal.

Boa leitura e não esqueça de ler diariamente o BLOG JORNALISTINHA e divulgar para os amigos, familiares, colegas e conhecidos...

O que é ser de Brasília

- Você se sente confortável com a umidade de 10%.
- Você conhece os ministros e deputados como "O pai daquele cara da faculdade"
-Ao dirigir, você fica meio paranóico com os limites de velocidade.
- Você, de fato, pára o carro na faixa de pedestres.
- Você acha normal um PM a cada cruzamento e cruzar com uma viatura da PM a cada 500 metros.
- Você tem medo de jogar lixo pela janela do carro.
- Ouve dizer "é bem pertinho" e pensa tranqüilamente em 50 km.
- Você sabe do que estão falando quando perguntam "conhece alguém da cinco"?
- Todo fim-de-semana tem um churrasco.
- Você se sente à vontade com endereços em coordenadas cartesianas.
- Sabe que se for a um endereço nas 300, 100 e 200 irá a um apartamento bom; na 400 terá que subir escadas; na 700 vai ter de procurar vagas nas calçadas das casas e que, se for ao Sudoeste, corre o risco de que a quadra ainda não esteja asfaltada!
- Quando começam as chuvas você escuta " esse ano vai chover como nunca".
-Quando param a chuvas você escuta "esse ano a seca vai ser braba".

- Você chama os amigos de seus pais de "tio" e "tia".

- Você vê alguém fazer barbeiragem no trânsito e diz "Só pode ser goiano"
- Acha que de mar o nosso céu não tem nada, e na primeira oportunidade dá uma escapada para praia.
-Odeia quando chegam os seus parentes querendo conhecer a torre e a esplanada.

- Você reclama para o amigo: "Não tem nada para fazer nessa cidade.." Mas fica indignado quando alguém de fora reclama que em Brasília não tem nada para fazer.
- Você reluta, reclama e acaba indo comer pizza no Primo Piatto.
- Sabe, perfeitamente, o que significa quando alguém diz "Eu moro no Lago"
- Quando vai a outra cidade fica indignado e não entende por que construíram ruas tão estreitas com tanto cruzamento.
- Vê crianças gostarem tanto de descer para brincar "debaixo do bloco"
- Pelo menos cinco pessoas que você conhece fazem Direito.
- Fica chateado quando te perguntam se já viu o presidente.
- Você vê o dia começar friozinho; acha perfeitamente normal que às 11hs esteja fazendo um calor de rachar; à tarde esteja muito,muito quente e seco; à noite, frio novamente ou até mesmo desabando um temporal; isto, além de a chuva ter iniciado e parado cinco vezes durante o dia ou à tarde.
- Você não tem a menor noção do que seja uma esquina de paralelepípedos.
- Você acha que casa com piscina é a coisa mais normal do mundo.
- Até hoje chama o mercado Pão-de-Açúcar de "Jumbo"
- Você sabe que "Ir ao Gilberto" não quer dizer visitar alguém.
- Sabe que Samambaia não é uma planta !
- Você diz "Vou ao Shopping" sabendo que isso só pode siginificar ir ao Parkshopping, se não, diria "Vou ao Pátio" ou "Vou ao Alameda" .

- Sabe que se for ao Shopping Pier 21, você não vai lá pra fazer compras.
- Sabe que uma boate da moda não dura mais do que três meses.
- Você, estudante, geralmente sai do colégio na sexta, vai pro Pátio, dorme na casa de um amigo e, no sábado à noite, vai pro Pier ... domingo é em casa !!!
- Já passou um carnaval ou feriado em Caldas Novas.
- Morre de rir, ou de raiva, nas vésperas de feriados, quando te dizem "o último que sair (da cidade) apaga a luz".

- Sempre que viaja é perguntado a qual gangue você pertence, e se você já queimou algum índio.

- Vai a churrascos onde o traje básico das meninas é jeans, sandália de salto alto e bolsa da Louis Vuiton;Biquíni nem pensar...
- Conhece, no mínimo, 10 pessoas que nunca foram ao Rio de Janeiro e têm mais sotaque que o pessoal de lá.
- Sabe que pra ir à padaria você leva, pelo menos, 10 minutos pra se arrumar.
- Sabe que as 3 gírias da cidade são: Véi, Tipo e Cara
Se você concordou com a metade deste e-mail, você realmente é de Brasília....

É... Quem disse que Brasília não possui sua identidade?

terça-feira, 22 de maio de 2007

Um dos mitos jornalísticos


Michel Santana

Em trinta de abril de 1914 nascia uma figura que se tornaria ora comunista, ora direitista. Hoje, 22 de maio de 2007, faz trinta anos que esse homem deixou nosso plano. Essa pessoa foi jornalista, escritor, político, inclusive foi até aspirante a Presidência da República. Foi um oponente ferrenho à Getúlio Vargas e deixou uma herança, o Jornal Tribuna da Imprensa. Ele mesmo, Carlos Frederico Werneck de Lacerda.

Lacerda teve aspirações comunistas quando jovem, mas ao perceber que a ideologia atrapalharia seus próprios caminhos acabou desvinculando-se dela. Foi membro da União Democrática Nacional (UDN), deputado federal e chegou a ser governador do então Estado da Guanabara, no Rio de Janeiro.

Conheço Lacerda apenas pelos livros, e pela visão que tive me pareceu ser uma pessoa bastante eloquente, porém com uma visão um pouco estreitada. Em “Minha Razão de Viver”, de Samuel Weiner, degustei e caí em gargalhadas das histórias dele e de Weiner. Afinal, eles foram amigos, mas com o tempo, se tornaram grandes inimigos, não preciso nem dizer porque não é? Preciso. Na verdade, um dos fatores que mais separaram essas duas grandes figuras jornalísticas foi o fato de Samuel simplesmente ter um jornal populista, que servia à Getúlio.

Carlos Lacerda foi um dos principais responsáveis pelo “tiro no coração”. Após sofrer uma atentado, que não o matou, suspeitou de que teria sido a mando do Palácio do Catete. Na tentaiva de homicídio a vítima foi um major da aeronáutica, que se pré-dispôs a defender Carlos de ameaças. Dizem que quem vê a vida passar pelos olhos fica mais forte, e com Lacerda foi o mesmo. Aproveitou seu veículo, o Tribuna da Imprensa, e disparou denúncias contra Vargas, exigindo que o Presidente renunciasse.

Me lembro de uma frase que Vargas comentou quando a perícia comprovou que houve participação do Catete: “Acho que estou sobre um mar de lama”. O “pai dos pobres” tinha seus dias contados.

Antes de morrer, Lacerda deixou além do Tribuna a editora Nova Fronteira, que inclusive publicou o Dicionário Aurélio. O Jornalista morreu aos 63 anos, só não me perguntem como.

(foto do site www.bairrodocatete.com.br/getuliovargas2.html)

O ESTRIPADOR DE LARANJEIRAS

Hoje eu (Breno Barros) estava concentrado no meu trabalho quando recebi um e-mail, essas coisas encaminhadas que não vale a pena ler, mas eu li. Era uma crônica do Carlos Eduardo Novaes, sobre a violência nas grandes cidades. Boa leitura.

O ESTRIPADOR DE LARANJEIRAS

As pessoas estão com medo. Expressões tensas, gestos nervosos, olhares desconfiados, todos à beira do pânico. Uma simples faísca pode provocar a explosão.

Constatei esse clima uma tarde quando saí de casa para comprar pão. Parado na porta da padaria, já com os dois pãezinhos debaixo do braço, num momento de bobeira, acendi um cigarro, olhei o tempo e procurei pelas horas. Não havia relógio à minha volta. Vi uma senhora caminhando apressada pela calçada, bolsa apertada contra o peito. Aproximei-me, sem ser visto, e toquei de leve no seu ombro. A mulher virou-se e deu um berro monumental:
- UAAAAAIIIIII - E saiu correndo.

Precipitou-se uma reação em cadeia. A mulher correu para um lado, eu, sem saber do que se tratava, corri para o outro, o jornaleiro se abaixou atrás da banca, o empregado da padaria arriou rápido a porta de ferro, o guarda de trânsito, de um salto, escondeu-se atrás de um carro, algumas pessoas correram em busca de proteção e alguém gritou: "Pega ladrão". Ouvi o grito no meio da corrida, parei de estalo e olhei para os lados querendo saber em que direção ia o ladrão (naturalmente para tomar a direção oposta). Ao parar, observei um grupo a uns 30 metros de distância correndo na minha direção aos berros de "pega ladrão". Recomecei a correr e, por via das dúvidas, passei a gritar também "pega ladrão".

Será que o ladrão sou eu? - pensei enquanto corria. A turba que vinha atrás de mim, mostrava-se enfurecida demais para ouvir explicações. Dobrei a rua na disparada, vi um caminhão da PM estacionado e tratei de entrar no edifício onde mora um amigo meu, Rubem, médico homeopata.
- Que houve? - perguntou ele, ao me ver ofegante, com cara de raposa, aquela raposa perseguida nos campos ingleses por cachorros perdigueiros e cavaleiros de casacos vermelhos.
- Não sei, Rubem. Acho que estão perseguindo um assaltante aí na rua. Eu tô com medo. Posso ficar um pouco aqui em sua casa?
- Claro, claro. Fique à vontade. Eu já estava saindo. Vou lá no orelhão dar uns telefonemas. Talvez me demore. Você, por favor, não faça barulho que ma- mãe chegou agora da rua, foi dormir um pouquinho. Ela anda muito tensa com essa onda de assaltos, você sabe...

Rubem desceu. Dei um tempo para recuperar a respiração normal e fui até a janela ver se já haviam apanhado o ladrão. Quando abri a janela e meti a cara lembrei-me do Papa em suas aparições na sacada da Basílica de São Pedro: havia uma multidão na rua, que ao me ver começou a gritar:
- Olha ele lá - Tá lá o assaltante! - gritavam, apontando para mim. - Pega! Já invadiu um apartamento! Pega!
Quer dizer que o ladrão sou eu? Permaneci alguns segundos sem entender, depois passei a gritar para a turba lá embaixo, gesticulando:
- Não! Não sou eu, não! Eu não! Deve haver algum engano!

A turba não ouvia. Gritava e babava de ódio. Afastei-me da janela pensando em como me explicar melhor. Sem querer, esbarrei num vaso em cima de uma cristaleira. O vaso se esborrachou no chão com grande estardalhaço. Curvei-me em silêncio para catar os cacos e ouvi uma voz feminina atrás de mim:
- Rubem?
Quando me virei, a senhora fez uma expressão de pavor e correu para a janela aos berros:
- Socorro! Socorro! Me salvem! Ele me seguiu até aqui! Quer me matar com um caco de vidro!
Tentei me explicar. A senhora, em estado de choque, não ouvia nada:
- Ele vai me matar! Ele vai me matar! - uivava, debruçando-se na janela.

Que loucura! Antes de mais nada, pensei, tenho que tirar essa velha doida da janela. Aproximei-me, tapei-lhe a boca e puxei-a para dentro. Naturalmente, fui visto pela multidão lá embaixo que, diante da cena, passou a entoar um novo coro:
- Olha lá! Olha lá! Ele vai matar a velha!
- É o tarado da Gago Coutinho! Só ataca velhas!
- Peguem o assassino!
- Peguem o Estripador de Laranjeiras!

A essa altura havia milhares de pessoas na rua. A PM, que pedira reforços, passou um cordão de isolamento diante do prédio e já contava com apoio da Polícia do Exército, do Corpo de Bombeiros, dos Fuzileiros Navais. Alguns helicópteros sobrevoavam o edifício. Dentro do apartamento, eu rolava pelo chão numa luta corporal com a velha. Como não sossegasse, fui obrigado a lhe aplicar um golpe de caratê para que desmaiasse. Depois, ao acordar eu daria as explicações necessárias e pediria desculpas. Levantei-me, deixando a senhora com as vestes rasgadas estirada no tapete. Ouvi, então, uma voz vindo da rua através de um alto-falante:
- Atenção! Atenção, Estripador de Laranjeiras, se você não sair, nós vamos entrar! Deixe suas armas e saia pela portaria principal com as mãos sobre a cabeça! Atenção, Estripador, você tem cinco minutos para sair!

Juro que não sabia o que fazer. Olhei à volta. Minhas armas eram dois pãezinhos franceses. Tinha saído para comprar pão e só porque a população da cidade está tensa já virei o Estripador de Laranjeiras. Onde está o Rubem que não chega? Rubem, atrás do cordão de isolamento, discutia com o coronel-chefe da Operação Estripador.
- O senhor não pode entrar! - dizia o coronel.
- Mas eu moro aqui no prédio.
- Sinto muito, mas tem um assassino à solta dentro do prédio. Só estamos autorizando as pessoas a sair. Entrar, nunca!
- Eu só saí para dar uns telefonemas, - insistiu Rubem. - Estou com um amigo lá em casa.
- Qual é o apartamento em que o senhor mora?
Rubem caiu na asneira de apontar. O coronel arregalou os olhos.
- Mas é onde está escondido o Estripador de Laranjeiras!
- O quêêê? - berrou Rubem.

E não teve tempo de dizer mais nada. O coronel gritou: "é cúmplice" e imediatamente um bando de policiais caiu sobre o Rubem, arrastando-o para um camburão.
- Pegamos o cúmplice - disse o coronel para o capitão. - Agora só falta o Estripador. Quantos minutos já se passaram?
- Quatro! Se ele não sair, coronel, creio que só há uma solução: pedir aos moradores para evacuarem o prédio e implodí-lo.
- Atenção, Estripador - berrou o coronel no megafone. - Você tem apenas um minuto para descer. Largue essa velhinha, que nada lhe acontecerá!

Lá embaixo os boatos fervilhavam. Ninguém tinha dúvidas de que eu havia invadido o apartamento daquela senhora. Algumas pessoas, enquanto aguardavam o desfecho, diziam aos policiais que o Estripador tinha preferência por senhoras com mais de 70 anos. No apartamento, eu não sabia o que fazer. Ficar seria pior: eles acabariam arrombando a porta e, como nos filmes, iam entrar atirando. Resolvi me apresentar. Desci os três andares pela escada e parei na porta do prédio, segurando sobre a cabeça, com as duas mãos, o embrulhinho cinza da padaria. Um silêncio de espanto correu pela espinha da multidão. Observei as pessoas cochichando.
- Olha a cara dele! Cara de facínora!
- Repara no ar de tarado! Olha as olheiras! É um criminoso típico! Não engana ninguém!
Escutei os ruídos de algumas armas sendo engatilhadas. O coronel, à distância, gritou para mim:
- Jogue fora essa arma que você tem aí embrulhada, Estripador.
- Não é arma: é o meu pão!

O coronel deu um sorriso de descrença. Entre eu, na porta do prédio, e a tropa havia uma distância de uns 20 metros. Desembrulhei o pão e joguei-o aos pés do coronel. O coronel ao ver aquele objeto (não identificável) voando na sua direção, correu e gritou:
- Corram! Abaixem-se!
Foi uma correria infernal. Abriu-se uma clareira em torno do pão que caiu, quicou duas vezes e parou. Todos olhavam para o pão esperando que explodisse a qualquer momento. Ninguém tinha coragem de se aproximar.
- Vá chamar um desativador de bombas - disse o coronel, olhando de binóculos para o artefato de trigo. - Diga que a bomba está dentro de um pão. . . um pão francês.

Como o pão não explodiu, a tropa de choque levantou-se e foi caminhando para ele, com vagar e temor. Quando já estavam a um metro do pão, eu, que continuava parado na porta do prédio, joguei o segundo. Saiu todo mundo correndo novamente. Coloquei as mãos na cabeça e me entreguei ao coronel. - Que é que você estava fazendo com esses pães, Estripador?
- Tinha acabado de comprar. Saí só pra comprar pão.
- Sei, sei. Conta outra, Estripador - comentou o coronel com um sorriso irônico - quer me dizer que esse alvoroço todo foi só porque você saiu para com- prar pão?
- Não, senhor. Tudo isso aconteceu porque eu fui perguntar as horas a uma senhora.
- Perguntar as horas? - repetiu o coronel sem acreditar.

O coronel chamou o capitão. Ouvi quando ele disse baixinho: "Trata-se de um louco; traga uma camisa de força; vamos interná-lo num hospital psiquiátrico". No momento em que eu ia começar a me explicar, aproximou-se um sargento que tinha ido revistar o apartamento dizendo que a senhora estava desmaiada na sala com as vestes rasgadas. Bem, aí desisti e tratei de me compenetrar que eu era mesmo o Estripador de Laranjeiras

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Invasão das Quatro Rodas

Breno Barros

Hoje saiu uma matéria no Correio Braziliense sobre vagas de automóveis no setor comercial, em Brasília. Sabemos que a cidade não foi planejada para comportar tantos veículos. Não adianta chorar pela falta de planejamento. Claro que sofremos pela falta de vaga e pelo trânsito da cidade. Na semana passada teve outra matéria sobre o mesmo assunto, mas o enfoque foi o número de carros na capital federal.

O que podemos observar é que todo mundo que ir ao trabalho de carro. Quando estou indo ao trabalho, vejo que inúmeros carros vão ao Plano Piloto, sendo 80 % dos carros estando somente o motorista.

O problema é que todos que possuem um carro, não quer abdicar do conforto e mobilidade dos seus belos automóveis a se aventurar em um ônibus cheio, correndo o risco de quebrar a qualquer momento. É claro que ninguém vai deixar de andar no seu carro para utilizar o transporte coletivo em Brasília, que por sinal é uma porcaria.

Mas eu lhe pergunto; Se você que anda sozinho no carro, por que não pegar uma carona para ir ao trabalho? Será que não tem ninguém que trabalhe perto de você? Imagine se todo mundo fosse trabalhar de carro, como seria o trânsito.

As pistas da capital federal já estão ficando um caos, podemos dizer que ainda não está um caos, comparando com os grandes centros do país, mas se não tivermos medidas para amenizar o fluxo de automóveis, como será daqui a alguns anos?

Que nós possamos encarar esse fato, não como uma bobeira, mas como algo que já esta causando um transtorno para todos nós.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Heróis


O Blog do Jornalistinha criou agora uma série sobre o ganha pão das pessoas. Toda semana serão abordadas no mínimo duas profissões, com perfis e níveis de satisfação. A partir da próxima semana o blog irá postar estas reportagens. A primeira irá abordar uma profissão que quase ninguém conhece...

Aguardem!

Trabalho é vida


Breno Barros e Michel Santana

Sexta-feira, que maravilha!!!!!!! Esse é o pensamento da maioria dos brasileiros. Mas hoje Eu (Breno) não tive vontade nenhuma de levantar da cama para ir trabalhar.

O despertador do celular toca, a minha mãe grita:

- Breno, você tá atrasado para ir trabalhar!!!!!!

Eu penso: Que saco!

Mas logo depois de um belo banho, eu agradeço a Deus por ter um trabalho. E me convenço que tenho deveres a cumprir e não seria um momento de preguiça que iria me derrubar. Entretanto, não saiu da minha cabeça a música que o meu pai fez. A música é pura poesia. E quem não conhece, com certeza vai se identificar com a letra:


"Quem foi que disse que o trabalho dá futuro, eu que não trabalho vivo sempre com dinheiro. É melhor a gente vive sossegado, o meu pai trabalhou tanto que eu nasci cansado. Trabalhou tanto e quando morreu, não foi enterrado só porque não tinha grana. Só porque não fazia como eu, que descansava sete dias na semana".

Hoje Eu (Michel) também acordei com muita preguiça, chutei tudo que vi em minha frente. Quase não venho trabalhar, para se ter uma idéia, dormir na grama de novo antes de chegar na minha labuta...

O trecho da música retrata bem que o termo "trabalho" nem sempre deve ser levado totalmente para o lado do capital, temos que lembrar um pouco de nossa função social. Tem momentos na vida em que o dinheiro não passa de mais uma folha de papel no meio de muitas em nossa profissão.

Nós como jornalistas temos que dar mais valor a outro papel, o do nosso bloco de anotação. Por intermédio dessa "moeda" a gente pode consertar muitas coisas na sociedade.

Até deixo uma frase de minha autoria para finalizar o post: "Todo jornalista sabe que o dinheiro é essencial, mas poucos sabem que este só surge quando o trabalho é feito de coração".

Breno mais velho...

Passo aqui para lembrar que hoje é aniversário do nosso colega Breno Barros!!!
Deixem um comentário desejando-lhe muitos anos de apuração jornalística, opa, de vida.

Quantos mesmo Breno, 22?

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Atleta sul africano é o portador de deficiência mais rápido do mundo.



Breno Barros

Eu estava vasculhando os sites a procura de algo que me chamasse a atenção. Me deparei com uma post,no blog do Juca, que me emocionou. Ele escreve sobre uma reportagem do The New York Times, onde mostra o homem sem perna mais rápido do mundo.O sul africano, Oscar Pistorius, que teve as duas pernas amputadas aos 11 meses de idade, por defeitos nos pés e nas pernas.

Ele apresenta uma atuação fora do normal para um esportista com necessidades especiais, podendo ser o primeiro atleta sem pernas a ser classificado para os jogos Olímpicos. Pistorius faz a prova dos 100 metros (10,91 segundos), 200 metros (21,58 segundos) e 400 metros (46,34 segundos). Esses tempos ainda não atingem o mínimo necessário para se qualificar para as Olimpíadas. Entretanto, faltam mais de um ano para começar os jogos em Pequim e se o corredor continuar com o mesmo desempenho poderá conseguir o índice necessário.

As provas são realizadas com próteses artificiais em forma de jota, feitas com fibra de carbono. Com elas, ele venceu facilmente as provas de 100 e 200 metros da Paraolímpiada Mundial, a competição mundial para atletas de portadores de deficiente físico. Oscar não para por ai, na competição nacional sul-africana ele conseguiu o surpreendente segundo lugar nos 400 metros, disputando com competidores sem deficiência física.

Apenas uma dúvida fica no ar. Como saber se as pernas protéticas irão dar vantagem ao atleta em competições? Especialistas e o órgão que rege o atletismo mundial discutem a questão. Mas uma coisa é certa, disputando ou não, Pitorius mostra que uma limitação física não é motivo para abandonar um sonho.

(Foto do Jornal The New York Times)

quarta-feira, 16 de maio de 2007

O cheiro da grama


Michel Santana

Hoje renovei as minhas funções nasais. E o mais interessante é o fato de ser por um elemento da natureza que está bem embaixo de nossos narizes: a grama. Uma atitude estilo Gandhi e por sinal muito inovadora.

Não existe nada melhor do que sentir a natureza, e nesse contexto me rendi hoje ao primeiro aglomerado de gramíneas que avistei. Quando acordei pela manhã sentia uma forte dor de cabeça, que latejava em minha mente me deixando maluco. Tinha que dar um jeito nessa dor e vindo para o trabalho deparei-me com um montinho de grama pensei: “Vai ser aqui mesmo que eu vou dormir”. É claro que tinham umas formiguinhas que encheram um pouco meu saco, mas em pouco menos de cinco minutos já roncava.

Essa foi a segunda vez neste ano que tirei um cochilo ao ar livre, somente eu e a grama. O engraçado é que há algo purificador em um mundo capitalista onde o artificial se consolida aos poucos. Talvez esse seja um novo modelo de o homem usufruir a natureza, na verdade, é uma boa opção para juntar a famosa “la cesta” (soneca depois do almoço) a esse elemento natural.

Me lembro que ao retornar a terra, o astronauta Marcos Pontes disse que a primeira coisa que sentiu ao descer da nave russa Soyuz foi o “cheiro da grama”. Logo fica claro que essa gramínea tem uma ligação importante com as nossas vidas. Não é todo dia que um homem volta do espaço e diz que o cheiro do capim foi a melhor sensação que sentiu.

Ah, apesar de dormir na grama a minha dor de cabeça não passou. Se eu tivesse descobrido que a grama cura dor de cabeça com certeza esse post estaria sendo encaminhado para a comunidade científica não é? Eu apenas descobri uma forma de aproveitar um pouco de nossa natureza no cotidiano de Brasília, que possuí grandes setores gramados. Estima-se que 20% dessa vegetação cobre o nosso globo terrestre hoje.

Bom, então tire 40 minutos da hora de almoço e experimente dormir na grama, vai ser uma boa experiência. Mas lembre-se, seja somente ela e você, mas nada.

terça-feira, 15 de maio de 2007

Arredondamento distorcido...


Michel Santana

Uma nova resolução irá garantir o arredondamento para cima de notas de alunos de escolas públicas no Estado de São Paulo. Uma medida, na minha opinião, inexequível. Esse novo sistema de avaliação já entrou em vigor em São Paulo na última sexta-feira (11). Agora a metodologia será a seguinte: todas as notas que tiverem números decimais, não importando sua escala, serão transformadas em um número inteiro. Por exemplo, uma nota equivalente a 4,3 será arredondada para 5,0.

Depois do aumento dos salários de parlamentares agora vêm o aumento das notas de estudantes. Será que a ambição de nossos políticos atingiu a classe didática? A Secretária de Educação do São Paulo, Maria Lúcia Vasconcelos, afirmou no Jornal O Estado de S. Paulo que essa medida só irá beneficiar os “alunos preguiçosos”. Segundo a Secretária, “isso acaba sendo um estímulo a não estudar”.

Confesso que nunca fui um repetente, mas alguns décimos já me salvaram. Pelo jeito, alguns décimos agora vão salvar todos. Ao meu ver esse método deve-se a uma justificativa pelo país ficar lá embaixo nos índices da Unesco no quesito educação. O próprio Presidente Luís Inácio Lula da Silva afirmou ainda este ano “que a situação de nossa educação é crítica”.

Um efeito colateral contundente com essa mudança é, como frisou Vasconcelos, a falta de interesse pelos estudos. A nota hoje ainda é um terror para o estudante. A acomodação é algo fatal, principalmente para nós jornalistas. Se for para evitar esse desleixo, que seja evitado enquanto o aluno ainda encontra-se na formação do caráter, porque depois pode ser tarde.

MmE vez de pensar em “arredondamento” não seria interessante pensar em outra metodologia de avaliação? Tudo bem que a nota em sí é necessária para o processo seletivo, mas não seria melhor, em vez de mudar a nota para maior, aumentar o grau de entendimento. Com o avanço das tecnologias presente no cotidiano estudantil fica difícil a competição do giz contra o controle remoto. Imagine quem ganharia o duelo Geometria X MTV? Vai ser triste o resultado, mas é a realidade.

Os métodos arcaicos não funcionam com a garotada de hoje. O ideal é criar uma forma de ensino voltada para o cotidiano do estudante. Somente em segurar uma criança em uma cadeira na sala de aula já é meio caminho andado. O que falta entender é que a escola (seja ensino fundamental, médio ou superior) tem a cabal responsabilidade de fazer com que o indivíduo aprenda a pensar.

Por dentro do Grande Circular

Matheus Reino

Se você é daqueles (as) que sempre andam no Grande Circular, veio ao texto certo. E para aqueles que têm o privilégio de usar um veículo particular como meio de locomoção veja a realidade diária de um, dos milhares de usuários do famoso Grande Circular.

Para quem ainda não conhece esse fenomenal meio de transporte do Distrito Federal, façamos as devidas apresentações. Ele (O Grande Circular) percorre as duas principais vias do centro de Brasília: W3 sul/norte e L2 sul/norte e é responsável pelo leva-e-traz de muitos passageiros que dependem do ônibus para ir ao trabalho, à faculdade ou mesmo ao passeio no Plano Piloto. Quem nunca entrou em um deles lotado? Quem nunca se irritou com o troco de moedas? Quem nunca reclamou das inúmeras paradas que ele faz em suas quase uma hora e meia de viagem? Aliás, rara são as vezes que ele passa por uma parada sem descer ou subir um passageiro.

Mas a vida é assim, cheia de paradas e algumas bem demoradas, como a da estação de metrô Asa Sul. Ali, vão-se em média 10 a 15 minutos de espera. Um belo dia, após um dia inteiro de trabalho, embarco num bendito Grande Circular, chegando à parada da estação de metrô o motorista pára, desce do ônibus, toma um cafezinho, entra lá numa salinha, volta passados 7 minutos, se volta aos passageiros, que pacientemente aguardam, e diz: “Se vocês quiserem, podem passar para aquele outro ônibus ali que está saindo daqui a pouco.” Por um breve momento ele deve ter pensado que todos estávamos amando ficar ali sem fazer nada.

Mas o mundo dá voltas, e a mais legal de todas elas é a voltinha pela Câmara Legislativa do DF, no final da Asa Norte. O Grande Circular passeia suavemente ao redor do quarteirão e traz uma sensação que estamos voltando, ao invés de prosseguirmos nossa viagem.

Paciência é uma virtude que sempre tenho. As vezes sinto que ainda me falta mais algumas doses. É o caso de quando estou na parada esperando o ...Adivinha quem? Justamente! O Grande Circular. Aguardo 10, 15, 20 minutos e nada do ônibus chegar, aí então vejo um sinal: Lá está. Ele se aproxima, parada lotada, 3 ou 4 ônibus parados para subir ou descer outros passageiros, dou o sinal, saio correndo e... Ops! Passou direto! O motorista nem deu bola.

Por falar em correr, uma salva de palmas seja dada a todos atletas, ou melhor, passageiros do Distrito Federal. Para se pegar um ônibus aqui no DF a pessoa tem que fazer um belo exercício físico. Correr, desviar, dar o sinal e ainda suportar toda ou parte da viagem de pé.

Sem contar com a precariedade de parte da frota que volta e meia não funciona o aviso de parada solicitada, a porta não fecha por completo, os vidros que, no tempo de chuva, não vedam a água, etc. Mas o Grande Circular não é só digno de críticas. Também merece seu reconhecimento em razão de seus serviços prestados aos cidadãos brasilienses e visitantes. Afinal, 90% dos usuários de transporte coletivo no Plano Piloto já usufruíram de seu cômodos serviços.

Ele é o que podemos chamar de um mal necessário.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Vamos encher as arquibancadas


Michel Santana

Como o colega Breno comentou em seu post, esse fim de semana começou o Brasileirão 2007. Agora lanço um desafio: encher os estádios. Pelo que vi, futebol não vai faltar. Somente na primeira rodada tivemos uma média de 3,9 gols por partida. A Segundona não deixou a desejar e manteve o índice.

Imaginem um jogo entre Flamengo e Sport Recife no Maracanã. Quais as perspectivas de um bom número de pagantes no estádio? Poucas. Atualmente o torcedor brasileiro só lota estádios em dias de clássicos como SanSão, FlaFlu, BaVi entre outros épicos. Isso não é bom. A pergunta inevitável é como levar essas pessoas aos estádios? Uma boa idéia seria criar um programa que vise o lazer não só dos “fanáticos" que vão ao espetáculo, mas sim privilegiar um pouco a família.

Um pingo de ajuda da CBF também viria ao acaso. Sei que já fiz muitas perguntas neste texto, mas por que não criar um programa de baixo custo que contemple várias pessoas de faixas etárias diferentes a assistirem a um jogo de futebol? Na Europa é exatamente isso que ocorre, se o telespectador olhar bem para a arquibancada irá perceber diversas classes sociais unidas. Obviamente se for levado para o lado econômico, renda per capita, veremos um ponto a favor deles. Mas o brasileiro é esperto, só falta parar e pensar um pouco em como estufar nossos estádios.

Na Europa um estádio relativamente vazio conta com 35 mil pagantes. Na primeira rodada do Brasileirão, na série A, o que teve mais gente contabilizou 25 mil. Se o espírito futebolístico se unir a esse artifício massivo, de número de pessoas, ninguém bate o Brasil nesse esporte.

Aula de jornalismo

Breno Barros

Nesse final de semana começou o Campeonato Brasileiro. Os campos de futebol voltaram a encher a cada jogo. Com a regra de pontos corridos, cada jogo se torna uma final. O que me chamou atenção foram as matérias do Tadeu Schmidt, no final de noite no fantástico. No estilo de Tino Marcos, Tadeu mostrou os melhores momentos do campeonato brasileiro, com histórias dos gols, dos cabelos dos jogadores, dos gols perdidos, das comemorações e curiosidades, enfim, tudo que chama a atenção do telespectador. Até mesmo quem não gosta de futebol se interessa em assistir as matérias contadas em forma de historinhas. E quem admira o esporte, admira a pitada de humor do jornalista. Mais um aperitivo para os amantes dos esportes.

O programa da globo perdeu muito as suas características nos últimos anos, com esse formato de revista eletrônica, privilegiando as matérias de comportamento. Agora, com as matérias do Tadeu Schmitdt, o fantástico tem mais um atrativo para o fim de noite de domingo. Essa foi uma aula de bom jornalismo, com inteligência e criatividade.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Ensino religioso ou história da religião?

Michel Santana

A presença do Papa Bento XVI em solo brasileiro trouxe uma nova discussão: o ensino religioso obrigatório nas escolas públicas. A matéria, que já chegou a ser lecionada, levanta a hipótese de imposição de uma religião específica. O Presidente Lula, ao encontrar-se com o Pontífice, deixou claro que o Brasil é um país laico, e que a obrigatoriedade da disciplina nas instituições está fora de questão.

O termo “ensino religioso” dá uma idéia de doutrinação. A idéia de contextualizar a religião na escola pública não é ruim, muito pelo contrário, todo homem precisa ter uma filosofia de vida, mas nunca imposta. O ideal não é “ensino religioso”, mas sim “história da religião”. Apreender as diversas formas que o homem busca para conseguir a paz interior é com certeza uma ótima lição cultural.

Hoje, em uma entrevista à rádio CBN, o Senador Cristovão Buarque comentou justamente isso, a forma como essa disciplina deve ser lecionada nas salas de aula. O Ex-Ministro da Educação disse que o ideal é “estudar as religiões para ampliar o campo cultural, e não ser imposto uma determinada religião”.

Na Idade Média, quando religião e poder institucional andavam lado a lado, fica claro o “não sucesso” dessa metodologia. A época em que o Rei e o Clero detinham a “força” não foi uma das melhores. Inclusive há uma frase interessante do colunista do Jornal do Brasil, Mauro Santayana, que diz: “Os fiéis devem obediências aos dogmas, os cidadãos devem-na às leis”.

No momento em que religião se mescla com a cidadania ou política há um choque cultural, que interfere na formação de uma opinião concreta. A religião é muito importante para o ser humano, mas deve ser disseminada sem pressão psicológica, ou como é chamado no popular, apresentada de uma maneira “fanática”.

O ensino fundamental e médio é momento no qual o estudante deve “abrir a primeira brecha para o mundo”. A isenção, assim como há no jornalismo, é fundamental para a análise crítica desse alunos. Doutrinas, religião, práticas, hobbys são instrumentos pessoais, que são adquiridos de acordo com a bagagem cultural do indivíduo. O “ensino religioso” nas escolas não é a melhor forma de moldar o aluno para a vida, mas oferecer-lhe uma gama de religiões que vão de acordo com seu conceitos é a melhor opção.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Sempre na surdina...


Michel Santana

Mais uma vez nossos representantes do legislativo aproveitaram um momento de “distração” do povo para aumentar seus salários. A bola da vez foi a visita do Papa. Coincidência ou não, a medida que permite o aumento do salário dos parlamentares teve seu tramite no momento em que os olhares estavam extraviados do parlamento para a religião. Como se não bastasse, o deputado Clodovil Hernandes (PTC-SP) realizou ontem uma estrepolia à deputada Cida Diogo (PT-RJ), fato que querendo ou não desvia um pouco a atenção da população quanto ao aumento.

A pergunta fica no ar: é possível que deputados temam a coerção da população? As seções referentes ao aumento salarial feitas às pressas e em momentos oportunos tem algum significado? Claro que sim. Talvez os idiotas sejamos nós, pela falta de “vigilância” dessas figuras. Meu pai sempre dizia que o mérito é adquirido no momento em que há um esforço físico e mental do indivíduo. Mas em um parlamento onde projetos importantes são descartados ou protelados, CPI's são instaladas sete meses após o ocorrido, onde um astronauta é convocado para depor e os preparativos ainda são feitos “nas coxas”, fica difícil dizer se há um motivo concreto para aumento salarial. O pior é que ainda o fim de semana desses indivíduos é “tri” (sábado, domingo e segunda).

O que uma família consegue com muito sufoco ganhar em três anos e sete meses, essa “figura” receberá em um mês. Isso é justo? Há uma virtude que transforma qualquer pessoa em um verdadeiro representante do povo: a humildade. Valores como esse estão ficando cada vez mais extintos na sociedade. Não quero fazer apologia ao marxismo, mas está na hora do parlamentar avaliar o que realmente ele precisa para a sobrevivência, nem sempre o capital é a única saída.

Me lembro de uma posição do iluminista Jean Jacques Rosseau. Na criação do Estado, de uma república, Rosseau dizia que para controlar o poder legislativo seria necessário alguém que tivesse conhecimento do assunto, mas que não estivesse inserido no mesmo. Talvez seria melhor pensar se realmente essa democracia representativa, que veio de roma, seja o melhor sistema. Às vezes penso que é necessário criar novos sistemas políticos, e não apenas adotar os existentes.

Deputados e senadores ganham atualmente R$12.847,00 e passarão a ter um contra-cheque de R$16.512,00, além de outros benefícios. O reajuste salarial dos parlamentares será de 28,5%, porém seria mais interessante se esse reajuste fosse mental.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Liberdade de imprensa contemporânea


Breno Barros

Esse mês comemoramos o dia da liberdade de imprensa. Eu como um estudante de jornalismo e iniciante na profissão, não tenho o que reclamar, pois nunca sofri censura direta. A minha geração de jornalistas não viveu na era da ditadura, não sabe, a não ser pelos livros, o que é uma repressão. Mas estamos vivendo uma nova fase, que podemos dizer, é uma censura em forma de "democracia". Parece uma contradição mas é verdade.

Qualquer pessoa pode escrever o que lhe da na cabeça, certo? De certa forma sim.... mas se ofender alguma pessoa poderá responder um processo na justiça.... Pois é, todo mundo que discorda do que escrevem sobre ela, o indivíduo entra na justiça e ferro no jornalista.... Claro que temos que ter discernimento, porque tem muito abuso dos nossos companheiros de profissão, que chegam a ser irresponsáveis. Do outro lado, existem pessoas que sentem prazer em entrar com o processo contra jornalistas.

O maior número de ações penais contra jornalistas é feito por políticos que pretendem dar satisfações aos eleitores sobre as matérias publicadas na imprensa em relação as suas artes feitas. Também é certo que em menor número, pessoas de outras atividades utilizam do justiça para processar jornalistas por crimes contra a honra, quando artigos ou reportagens jornalísticas fazem referência a elas.

Esse é só um exemplo dessa nova era do jornalismo. Pois, como sabemos a nossa impressa é "Livre", ou acreditamos que seja livre.